Notícias

Reajuste impacta benefícios sociais

Entenda o que muda com o novo salário mínimo de R$ 1.621 em 2026

Por Redação 26/12/2025 17h05
Entenda o que muda com o novo salário mínimo de R$ 1.621 em 2026

O salário mínimo terá reajuste de 6,79% a partir de 1º de janeiro de 2026, passando de R$ 1.518 para R$ 1.621. O aumento altera não apenas salários e aposentadorias, mas também o valor e os critérios de acesso a diversos programas e benefícios federais vinculados ao piso nacional, como o BPC, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Cadastro Único e as contribuições dos microempreendedores individuais. Decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece que o valor diário do mínimo será de R$ 54,04 e o valor da hora trabalhada, de R$ 7,37. O reajuste considera a inflação medida pelo INPC acumulado em 12 meses até novembro, de 4,18%, somada a um ganho real de 2,5% referente ao crescimento do PIB de 2024, percentual que funciona como limite para o aumento real.

Com o novo valor, aposentados e pensionistas do INSS que recebem um salário mínimo terão reajuste integral de 6,79%, enquanto os benefícios acima do piso serão corrigidos pelo INPC de 2025, que será divulgado no início de janeiro. Os pagamentos com valores atualizados começam no fim de janeiro, conforme o calendário do instituto. No caso do Benefício de Prestação Continuada, o critério de renda segue atrelado a 25% do salário mínimo por pessoa da família, mantendo o benefício para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

O aumento também reflete no abono salarial PIS/Pasep, cujos pagamentos começam em 15 de fevereiro, divididos em sete lotes. O valor é proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base e corresponde a 1/12 do salário mínimo vigente na data do pagamento por mês trabalhado. A estimativa do governo é beneficiar cerca de 26,9 milhões de trabalhadores, com liberação de R$ 33,5 bilhões. O seguro-desemprego seguirá o novo piso, embora os valores atualizados ainda dependam de regulamentação; em 2025, o benefício variou entre R$ 1.528 e R$ 2.424,11.

O reajuste do mínimo também altera os critérios do Cadastro Único, porta de entrada para programas como o Bolsa Família, já que o limite de renda para inscrição é de até meio salário mínimo por pessoa, hoje equivalente a R$ 810,50. Para os microempreendedores individuais, a contribuição mensal ao INSS passa a ser de R$ 81,05, correspondente a 5% do novo salário mínimo. No caso do MEI caminhoneiro, o valor sobe para R$ 202,42 e pode chegar a R$ 207,42, a depender do tipo de carga e do destino, considerando a alíquota de 12% do mínimo mais os valores fixos de impostos. As contribuições ao INSS, assim como o limite de renda para o auxílio-reclusão e a cota do salário-família, também serão reajustadas, mas ainda aguardam portaria específica do instituto.

WhatsApp

Receba notícias do Em Tempo Notícias no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar a nossa comunidade:

https://chat.whatsapp.com/K8GQKWpW3KDKK8i88Mtzsu