Alagoas

ECONOMIA

Indicador de Incerteza da Economia recua 2,5 pontos e vai para 107,8

Componente de expectativas sobe com alta superior a 20 pontos

Por Redação com Agência Brasil 30/08/2024 10h10 - Atualizado em 30/08/2024 12h12
Indicador de Incerteza da Economia recua 2,5 pontos e vai para 107,8

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas, caiu 2,5 pontos em agosto, indo para 107,8, voltando a ficar, depois de três meses, abaixo dos 110 pontos, avaliação de incerteza moderada. Na métrica de médias móveis trimestrais o IIE recuou 1,7 ponto e foi para 109,6 pontos.

“Com o resultado de agosto, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE) registra a terceira queda seguida, retornando ao patamar mais confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. O componente de mídia foi responsável pela queda no mês, motivado pela redução das incertezas fiscais e pela continuidade de resultados favoráveis da atividade econômica. Em sentido oposto, o componente de expectativas acumula a quarta alta seguida, com aumento da dispersão nos cenários futuros dos especialistas para a taxa de juros Selic e o câmbio”, explica Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/ Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).

Queda do índice

O componente de Mídia do IIE-Br caiu 3,7 pontos em agosto e foi para 106,1 pontos, menor nível desde março deste ano (105,6), contribuindo negativamente com 3,2 pontos para a queda do índice agregado.

O componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quarta vez seguida, agora em 3,5 pontos e acumula alta superior a 20 pontos desde maio último. O indicador registrou, em agosto, 111,4 pontos, maior nível desde junho do ano passado (116,8 pontos). Sua alta contribui positivamente com 0,7 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta sexta-feira (30) que, até o fim do mandato, em 2026, o gás de cozinha será gratuito na cesta básica. O petista defendeu o tratamento do botijão como essencial para as famílias e reclamou das críticas a respeito dos gastos com políticas públicas de inclusão.

“Nós tomamos a decisão que, até 2026, o gás será dado de graça para 21,6 milhões de famílias. O gás vai fazer parte da cesta básica, porque o cara está utilizando lenha, querosene, tem gente se queimando. O gás tem que ser tratado como uma coisa elementar para a família. Da mesma forma que ele quer feijão e arroz, precisa do gás para cozinhar. ‘Ah, mas custa caro’. Por que custa caro quando faz benefício para o povo pobre?”, questionou, em entrevista a uma rádio paraibana.Lula não detalhou como será o financiamento da medida. Na segunda-feira (26), o petista enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que amplia o alcance do Auxílio Gás, atualmente pago a 5,6 milhões de famílias. Segundo o governo federal, essa expansão do programa prevê injeção de R$ 14 bilhões na iniciativa.

O presidente comparou os gastos com a dívida pública e com juros aos investimentos em educação e saúde. “O que custa caro é uma dívida de quase R$ 1,7 trilhão que a gente tem e as pessoas não pagam. Sabe quanto o Brasil pagou de juros em 10 anos? R$ 4,7 trilhões. Sabe quanto investiu na saúde nesses mesmos 10 anos? R$ 1,8 trilhão. Na educação? R$ 1,6 trilhão. Então, o caro neste país é dívida, é pagamento de juros”, completou, ao criticar o mercado. “’O mercado não vai gostar’. Acho que eles nunca votaram em mim, então eu não governo para o mercado, governo para o povo”.

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