Incomparáveis, “injuntáveis”, água & óleo... adversários, inimigos, DIFERENTES, no modo de pensar, agir e atuar. Qual deles é o melhor para Alagoas? Aí é outra história (ou estória – que significa narrativa de ficção, conto popular, lenda ou algo imaginário - como contos de fadas).

Arthur e Renan são dois lobos que conhecem muito bem o palco principal da política nacional, o espetáculo que não sai de cartaz, numa mistura de terror, drama, suspense e piadas (sem graça).

Arthur e Renan, assim como Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Fernando Collor, chegaram longe demais. Renan, pelo tempo de vida pública e quatro vezes na cadeira de Presidente do Congresso Nacional e Arthur Lira, duas vezes Presidente da Câmara Federal, em dois governos antagônicos, além de líder absoluto do Centrão, o bloco majoritário que comanda o Legislativo Federal, fazem jus ao que são. É mérito deles, queiram ou não.

Por serem bem diferentes e poderosos, Arthur e Renan tiveram tempo suficiente para mostrar aos alagoanos quem merece mais. Mas... é importante destacar que tempo em Brasília não significa resultados concretos para Alagoas que, por décadas, foi o patinho feio do Brasil na educação pública, saúde pública, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), na geração de oportunidades de trabalho e até liderando a criminalidade nacional.

O Estado de Alagoas, ao longo do tempo, com Ronaldo Lessa, Teotonio Vilela Filho, Renan Filho e agora Paulo Dantas - governadores com estilos, pensamentos e entregas diferentes, nunca teve uma bancada federal tão solícita aos municípios, como agora. Os prefeitos nunca viram tanto dinheiro nas contas públicas, tantas máquinas, tanta pavimentação, tantos hospitais, tantas salas de aulas, tantas creches, a segurança pública tão equipada e um turismo tão em alta, na capital e interior, como agora. O que é que tem dedo de Arthur e Renan, aí é obrigação deles contar ao povo, mas os prefeitos sabem, muito bem. Anote esta premissa: prefeitos não governam mais sem as emendas federais. Travou... lascou!

A verdade, senhoras e senhores, é que está chegando a hora da onça beber água. Os tempos são outros e, assim como aconteceu com Heloísa Helena e Rodrigo Cunha, uma das vagas ao Senado não será da política, mas será com políticos. Ou seja: É Arthur Lira ou Renan Calheiros nas urnas. Pode anotar. Ou... será que a política vai vencer? Perder e ganhar faz parte do processo democrático. Arthur e Renan são lobos, não burros!

Eles são diferentes, mas, agora, querem a mesma coisa. Erra quem os compara. Ambos pensam e agem, cada um ao seu modo. São vencedores. Neste quesito Arthur leva vantagem de não saber o que é derrota. Renan amargou dois revezes.

Quem é melhor para Alagoas? O voto é secreto, mesmo sendo comercializado a preço de ouro (real público).