Jornalistas que trabalham em alguns dos mais importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos tiveram suas contas no Twitter suspensas na quinta-feira (15/12). A maioria deles vinha fazendo reportagens sobre Elon Musk, o dono da empresa.

Até o momento, o Twitter não deu explicações sobre o que levou à suspensão dos perfis dos repórteres. Entre os suspensos, estão profissionais de órgãos de imprensa como CNN, New York Times e Washington Post, além de jornalistas independentes.

Twitter dissolve conselho de confiança e segurança

Segundo informações da NBC, a conta da rede social Mastodon, nova concorrente do Twitter, também foi suspensa.

Em seu perfil, Musk escreveu que não se importava em receber críticas dos jornalistas “o dia todo”, mas que não toleraria a divulgação de informações sobre sua localização e a de seus familiares.

O chefão do Twitter afirmou ainda que, se “qualquer pessoa divulgasse localização e endereço dos repórteres do New York Times, o FBI iria investigar” e “haveria audiências no Capitólio, com discursos de Joe Biden sobre o fim da democracia”.

Há alguns dias, o Twitter já havia reduzido a visibilidade de um perfil da rede social que monitora os deslocamentos de Musk em seu jatinho pessoal. A conta, comandada por um jovem de 20 anos chamado Jack Sweeney, tem mais de 500 mil seguidores e registra cada decolagem e pouso do avião usado pelo bilionário.

No início do ano, Musk teria oferecido US$ 5 mil (cerca de R$ 26 mil) para o jovem tirar o perfil do ar, alegando que as publicações representavam um risco para sua segurança pessoal. Sweeney teria feito uma contraproposta de US$ 50 mil (R$ 260 mil) que não foi aceita pelo bilionário, dono de uma fortuna de cerca de US$ 170 bilhões (R$ 904 bilhões).

“Nada diz mais sobre liberdade de expressão do que suspender jornalistas que cobrem você”, escreveu Sarah Reese Jones, do site PoliticusUSA, em resposta aos comentários de Musk.