A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entregou neste domingo (14) à Câmara dos Deputados uma carta de renúncia ao mandato. A informação foi confirmada pela assessoria da presidência da Casa.

Em nota oficial, a Câmara informou que “a Deputada Carla Zambelli (PL/SP) comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia ao mandato parlamentar na data de hoje”. Com a saída da parlamentar, a vaga passa a ser ocupada pelo suplente do Partido Liberal em São Paulo mais votado, Adilson Barroso.

Na carta de renúncia, Zambelli afirmou ser alvo de perseguição e declarou que sua “história pública não foi forjada”. Ao concluir o texto, escreveu: “Afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a minha consciência permanece livre”.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que a renúncia fez parte de uma estratégia conjunta da defesa para evitar a cassação do mandato. Em declaração à GloboNews, ele disse que a decisão “vai dar a ela mais possibilidades de defesa para ser solta e permanecer na Itália”.

Apesar da renúncia, as condenações impostas à ex-deputada não são afetadas. Segundo o entendimento jurídico, a medida não altera as sentenças já concluídas, que preveem, inclusive, a perda da possibilidade de elegibilidade, independentemente da tentativa de preservação de direitos políticos.

Ao blog da jornalista Andréia Sadi, a defesa de Zambelli afirmou que o pedido de renúncia “contribui para reduzir a tensão institucional” no país.

Já o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou a decisão e afirmou que o Parlamento perdeu a chance de se alinhar à Constituição. Segundo ele, a renúncia não elimina os efeitos jurídicos das condenações. “A renúncia não apaga os fatos, os crimes nem os efeitos da condenação. Ou a Mesa cumpre imediatamente a Constituição e as decisões do STF, ou continuará incidindo em omissão inconstitucional”, declarou.