A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou nesta segunda (11), a a reativação de vários sistemas de abastecimento de água que foram afetados pelas chuvas intensas dos últimos dias.

É o caso, por exemplo, de Palmeira dos Índios, cidade que ficou totalmente desabastecida por alguns dias em virtude de danos aos Sistemas Caçamba e Carangueja, ambos situados em Quebrangulo.

A cheia do rio Paraíba inundou uma estação elevatória que envia a água da barragem Carangueja para a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Palmeira dos Índios e também a ETA Caçamba. Depois da manutenção feita pelos técnicos da Companhia, os sistemas foram reativados, mas com a produção ainda de forma parcial.

O mesmo se deu no sistema que abastece Quebrangulo, também afetado pelas chuvas, mas que, após o empenho dos profissionais da empresa, o abastecimento da cidade foi retomado.

Já em Capela, a adutora de água bruta que envia o líquido de uma barragem para a ETA foi partida pela cheia do rio Paraíba, que arrancou inclusive os pilares de sustentação da tubulação, no trecho que cruzava o rio.

A Casal, com apoio da Prefeitura de Capela, implantou uma adutora temporária, que capta a água em outro manancial e leva até a ETA. Com isso, o abastecimento da cidade foi retomado e segue em fase de regularização gradativa.

Em Novo Lino, Matriz de Camaragibe, Jacuípe e Jundiá, os sistemas de abastecimento também foram afetados pelas chuvas, tanto em relação a danos nos equipamentos e estruturas quanto a prejuízos para a qualidade da água bruta dos mananciais.

Aos poucos,  os sistemas foram recuperados e já voltaram a operar, mesmo que de forma parcial, uma vez que, na maioria dos lugares, a água bruta recebeu muitos sedimentos e lama levados pelas chuvas. Isso dificulta o processo de tratamento, que fica mais lento e, por isso, a vazão ofertada aos moradores precisa ser reduzida. Assim, a água vai chegando de forma gradativa, ou seja, primeiro para quem está mais próximo das elevatórias e em seguida para as ruas e imóveis mais distantes.

Os trabalhos de retomada da operação desses sistemas foram acompanhados pela vice-presidente Operacional da Casal, Laura Petri, pelos superintendentes Judiron Pena (Interior) e Thales Cabral (Técnico), pelo coordenador de Produção e Distribuição da Unidade de Negócio Serrana da Companhia, Gileno Luz, e pelo gerente da Unidade de Negócio Leste da empresa, Adilson Lessa.

Para atender prédios públicos, unidades prisionais, hospitais e postos de saúde, além de alguns bairros e comunidades desses municípios que ficaram desabastecidos, a Casal contou com o apoio do Governo do Estado, que disponibilizou carros-pipa para atendimento emergencial. Mesmo nas cidades onde os sistemas voltaram a operar, mas de forma parcial, os carros-pipa continuaram em atividade.

É o caso, por exemplo, de Maribondo, que segue sendo abastecidas por carros-pipa. Na Bacia Leiteira, em virtude de defeito eletromecânico em uma das bombas da captação, em Pão de Açúcar, o Sistema Coletivo segue operando com 50% da capacidade de produção, ou seja, está ofertando apenas 50% do volume normal de água. Por isso, a Casal está efetuando manobras para atender a todas das 18 cidades que dependem desse sistema.

Na Região Agreste, o Sistema Adutor do Agreste (SAA), com captação em Traipu, opera com restrições. A empresa Agreste Saneamento, que mantém com a Casal uma PPP, faz uma varredura para tentar encontrar algum vazamento na adutora e, assim, recuperar a capacidade de oferta de água. Já o Sistema Coletivo do Agreste, com captação em São Brás, opera normalmente. Juntos, esses dois sistemas atendem a 10 cidades.

Na mesma região, os sistemas individuais de Traipu, Taquarana, Igreja Nova, Piaçabuçu e o coletivo Junqueiro-São Sebastião operam dentro da normalidade hoje.

No Sertão, o Sistema Coletivo também funciona sem intercorrências nesta segunda-feira (11). Na Região Metropolitana de Maceió (RMM), a Casal trabalha hoje na manutenção emergencial de uma adutora rompida na cidade de Pilar. Tão logo o serviço seja concluído, o abastecimento da cidade voltará ao normal gradativamente.

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