Alagoas
Promotor pede prisão preventiva de dois PMs do Caso Marcelo Leite
Um dos envolvidos é o comandante da guarnição, que também responde por implantação da arma de fogo na cena do crime
O promotor Thiago Chacon Delgado, da 1ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, decidiu denunciar dois dos seis PMs envolvidos na abordagem policial que vitimou com um tiro de fuzil o empresário Marcelo Leite, em Arapiraca, em 14 de novembro de 2022.
O promotor justifica a denúncia baseado na conduta dos investigados e vê a ação como uma medida cautelar contra os dois envolvidos. "Vê-se, portanto, que diversos elementos concretos extraídos dos autos, baseado na conduta dos investigados, exigem a decretação da prisão preventiva, não se tratando de antecipação da pena, mas de verdadeiro juízo cautelar de necessidade, baseado na ordem pública e na preservação e higidez da instrução probatória processual, não vislumbrando, ao menos neste momento, outra medida cautelar diversa da prisão que possa alcançar os mesmos resultados (garantia da ordem pública e da instrução processual)", explicou o promotor.
A Polícia Civil de Alagoas já havia encaminhado à justiça um pedido de prisão preventiva contra os dois policiais. Um dos PMs envolvido é o comandante da guarnição, que também responde por fraude processual, por causa de uma provável implantação da arma de fogo na cena do crime.
Na época, o coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Igor Diego, deu detalhes sobre o entendimento da comissão de delegados, para a conclusão do inquérito. "Essa comissão entendeu que a arma de fogo nunca existiu dentro do veículo do condutor Marcelo Leite. Ela teria sido colocada no veículo logo após os disparos. Essa arma de fogo teria sido necessária para simular uma legítima defesa [por parte dos policiais]. Essa conclusão se deu após ouvirmos as testemunhas que estavam em frente ao 3º batalhão, e que visualizaram a ocorrência, bem como o atendimento à vítima; e também com o depoimento de familiares dizendo que Marcelo Leite nunca possuiu arma de fogo, nem apoiava essa ideia; bem como após o laudo da reprodução simulada", explicou Igor Diego.
"Foi pedida a prisão preventiva porque eles continuam em atividade e condutas como essas maculam a imagem da Polícia Militar e geram descrédito na população. A prisão objetiva evitar que cenas como essa voltem a acontecer. Ao terceiro policial envolvido não coube a prisão preventiva porque ele vai responder por um único crime. Para ele, foi representado pelo afastamento das atividades", explicou o coordenador da Deic.
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