O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-Alagoas) participou, nesta terça-feira (28), da sessão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) que ouviu Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública. Firme, Gaspar cobrou explicações e medidas mais enérgicas do Estado brasileiro no combate ao crime organizado.

Gaspar começou a inquirição pedindo explicações mais detalhadas sobre a visita do ministro ao Complexo da Maré, no último dia 13: “O senhor controla o sistema de Segurança Pública no Brasil. Recomenda aos policiais do Rio de Janeiro que façam a mesma incursão que o senhor fez, sem ser incomodado pelos traficantes, e garante a vida deles naquela região que diz ser de tanta paz?”

Outro ponto levantado pelo parlamentar foi sobre a ADF 579, que pede o retorno da visita íntima, nos presídios federais, aos chefes de facção.

“Queria saber se o senhor concorda com a proposta feita pelo partido do seu chefe, Lula, em comunhão com o Instituto Anjos da Liberdade. Agora há pouco, ficou definido que esse foi um dos motivos para o promotor Lincoln Gakiya e o senador Sergio Moro estarem sob a mira do PCC”, colocou Alfredo Gaspar.

Antes de finalizar, o deputado aproveitou para esclarecer se Flávio Dino pretende repetir a mesma linha de governança adotada enquanto governador do Maranhão no Ministério da Justiça. “O senhor foi governador do Maranhão. É um especialista em Segurança Pública e torrou mais de R$ 5 milhões numa empresa que vendia maconha para comprar respiradores. Queria saber se o senhor vai fazer algo parecido também como Ministro de Estado”.

A inquirição do ministro da Justiça durou mais de quatro horas, e apesar dos inúmeros questionamentos, Dino não deu quase nenhuma resposta efetiva ou esclareceu quais ações de políticas de Segurança Pública devem ser adotadas no país.

“O ministro Dino é vazio de conteúdo. Em relação ao fortalecimento da Segurança Pública e do combate ao crime organizado, os bandidos podem ficar tranquilos, ele não tem qualquer plano. Uma pena para o país. Faltaram respostas coerentes, assim como faltam ações efetivas contra a bandidagem”, completou o deputado Alfredo Gaspar.