O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), em Sergipe, deflagrou a Operação Fraude Imobiliária com o objetivo de investigar a venda ilegal de imóveis por pessoas que não eram as proprietárias dos bens. Como resultado da operação, três suspeitos foram presos, acusados de atuarem em um esquema que envolvia a fraude de procurações. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.

A operação contou com o apoio da Divisão Especial de Investigação e Captura de Alagoas (Deic/AL). Segundo a delegada Lauana Guedes, a investigação começou a partir de registros de boletins de ocorrência que comunicavam a venda de imóveis sem consentimento dos proprietários.

Ao investigar os casos, o Depatri identificou um grupo criminoso que tentava passar a ideia de um mero descumprimento contratual ao efetuar pagamentos mínimos dos negócios, além de fraudar procurações públicas lavradas em cartórios passando-se como proprietários desses imóveis. Quando os compradores iam aos cartórios para lavratura de escrituras públicas, eram surpreendidos com a informação de que os imóveis pertenciam a terceiros. Ainda assim, o grupo criminoso conseguia convencer essas vítimas a realizar um novo contrato também fraudulento.

Com isso, o grupo conseguiu convencer as vítimas a entregar mais dinheiro. O prejuízo aproximado das vítimas é de R$ 2 milhões. A delegada Lauana Guedes informou que apenas um dos presos não possuía antecedentes criminais. Os outros dois presos são de Sergipe e Alagoas, e as vítimas eram do estado de Sergipe. Não apenas os compradores foram enganados, mas os proprietários, que tiveram a surpresa de ver seus bens negociados ilegalmente.