Alagoas
Justiça condena assassinos de motorista de aplicativos morta com um mata-leão
A Justiça de Alagoas emitiu, nesta terça-feira (11), a sentença condenatória de mais de 20 anos de reclusão para os réus Jackson Vital dos Santos, Yuri Livramento dos Santos e Maristela Santos de Souza pelo crime de latrocínio da motorista de transporte por aplicativo Amanda Pereira, de 27 anos. O crime ocorreu em agosto de 2022, quando a vítima aceitou uma corrida de Rio Largo com destino a Marechal Deodoro. A juíza Fabíola Melo Feijão, titular da 1ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro, proferiu a sentença.
A juíza justificou a pena aplicada diante da comprovação da materialidade e autoria do crime, descrevendo a ação dos réus como fria e calculada. Segundo Feijão, a premeditação de todos os passos do crime ficou evidente, configurando a culpabilidade dos réus.
Devido ao caráter de latrocínio, um homicídio cometido com o intuito de obter lucro, os réus não foram levados a júri popular. Nesses casos, a Justiça considera que não houve dolo direcionado à vida da vítima, sendo o juiz responsável por proferir a sentença.

Os réus, que já se encontram presos há mais de 10 meses, cumprirão pena em regime fechado. A decisão levou em conta diversos fatores, como a culpabilidade dos réus, a ausência de antecedentes criminais, a conduta social e personalidade dos acusados, o motivo do crime, as circunstâncias e as consequências extrapenais do delito, além do comportamento da vítima, que não contribuiu para o crime.
No caso de Jackson Vital dos Santos, não foram identificadas agravantes, mas a pena-base foi aumentada devido à premeditação do crime e à forma cruel como a vítima foi estrangulada por cerca de oito minutos. Com isso, sua pena foi reduzida de 23 anos para 21 anos e 6 meses de reclusão, além do pagamento de 250 dias-multa.
Maristela Silva de Souza recebeu a mesma pena de Jackson, sem agravantes ou atenuantes. Já Yuri Livramento dos Santos teve sua pena fixada em 21 anos de reclusão, devido a confissão espontânea, além de 230 dias-multa.
O tempo em que os réus permaneceram presos preventivamente será computado na determinação do regime inicial de cumprimento da pena. A prisão preventiva dos réus foi mantida, pois, mesmo sem antecedentes criminais, a insensibilidade demonstrada por eles ao cometer o crime chocou a comunidade local.
Jackson Vital dos Santos, Yuri Livramento dos Santos e Maristela Santos de Souza também foram condenados ao pagamento das custas processuais.
O caso da morte de Amanda Pereira causou grande comoção na população alagoana. A motorista de transporte por aplicativo foi assassinada após aceitar uma corrida em agosto de 2022. Jackson Vital dos Santos, um dos réus, admitiu que sufocou e estrangulou a vítima durante o assalto. Segundo seu relato à imprensa, Amanda reagiu ao crime, o que motivou a violência empregada por ele. O réu descreveu como utilizou um "mata-leão" para segurar o pescoço da vítima, que acabou falecendo.
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