Alagoas
Frente Nacional de Defesa dos Jumentos promove ato no próximo domingo, dia 30
Curso de Medicina Veterinária da Ufal é parceiro da 5ª Manifestação Nacional pelo Fim do Abate de Jumentos que terá como ponto de concentração o Corredor Vera Arruda
A situação do abate de jumentos, animal símbolo da região Nordeste, é preocupante. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), apenas no estado da Bahia, entre fevereiro de 2021 e junho de 2022, foram abatidos 78.964 animais. Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma queda populacional de 38% entre esses animais nos anos de 2011 a 2017. O principal motivo para o abatimento do animal é a produção de ejiao, espécie de gelatina fabricada com o couro do jumento, muito utilizada na medicina tradicional chinesa.
Em fevereiro de 2022, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) restabeleceu uma liminar proibindo o abate de jumentos. No entanto, a decisão não vem sendo cumprida.
Pensando na situação dramática desses animais, a Frente Nacional de Defesa dos Jumentos está realizando a 5ª Manifestação Nacional pelo Fim do Abate de Jumentos. Este ano, a atividade acontecerá em 15 capitais brasileiras, incluindo Maceió. O ato, que acontecerá no próximo domingo (30), a partir das 9h, é coordenado pelo professor Pierre Barnabé, do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Alagoas.
O docente acompanhou de perto a situação, ao integrar um projeto voltado aos cuidados de jumentos abandonados após o fechamento de um frigorífico na cidade de Euclides da Cunha, na Bahia. “Vivemos durante mais de quatro anos essa catástrofe e ajudamos na recuperação de muitos jumentos, vimos muitos morrendo por maus tratos. Esse abate retira animais de todos os estados do Nordeste brasileiro”, explicou Pierre.
A Ufal desenvolveu diversas pesquisas, premiadas inclusive, sobre essa problemática. Agora, o professor convoca a sociedade a lutar pela causa. “É importante pensar que o jumento é um símbolo do nosso Nordeste. Temos que lutar contra esse extrativismo, um abate cruel e um crime que vai acabar por extinguir os jumentos”, finalizou.
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