Alagoas
Técnicos da Primeira Infância planejam trabalho urbano para influenciar o desenvolvimento infantil
Após cinco dias de intensa programação do Urban95 Academy - Semana da Residência em Londres, os representantes do Governo de Alagoas retornaram com um cronograma de ações para os próximos seis meses, quando será desenvolvido um projeto piloto de intervenção urbana com crianças. A iniciativa é da London School of Economics e da Fundação Bernard van Leer.
A superintendente da Secretaria da Primeira Infância (Cria), Thalyne Araújo, e o gerente do Núcleo Criativo, Elder Duarte, foram convidados a participar do evento em Londres. A partir de agora serão desenvolvidas etapas de pesquisas, mobilização da comunidade, construção de um programa de necessidades em conjunto com as crianças e seus cuidadores até a proposta física de intervenção.
O cronograma será feito em parceria com a assessoria técnica da Urban95 Academy - que desenvolve um programa de educação executiva para projetar e oferecer cidades melhores para os pequenos.
A iniciativa ajuda planejadores, designers urbanos e outros urbanistas a compreender como seu trabalho pode influenciar o desenvolvimento infantil. O objetivo é incentivar as cidades a criar espaços onde as crianças possam crescer, aprender, criar, imaginar e brincar. Para eles, um aspecto importante foi estar ao lado de equipes que lidam com a infância em várias partes do mundo.
Durante o processo, que antecipou a viagem, a equipe do Cria contou com o apoio do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), que desde 2017 tem dado suporte técnico ao Governo de Alagoas no aprimoramento e elaboração de políticas e estratégias que resultem em um desenvolvimento urbano mais inclusivo e sustentável. A ONU-Habitat participará da construção do projeto e da implementação dos mecanismos de governança e método de avaliação e mensuração de resultados.
PRÓXIMOS PASSOSThalyne e Elder explicaram que, na próxima etapa, o Governo de Alagoas terá a oportunidade de escolher dois parceiros que melhor se identifiquem com a proposta de intervenção para desenvolvimento do projeto - com o apoio e expertise dos parceiros. “A expectativa é muito positiva. Esperamos construir um projeto coeso que atenda às necessidades das crianças e seus cuidadores e que possa ser replicado em todas as cidades do nosso estado, sempre de forma participativa, para que cada intervenção atenda cada comunidade de acordo com seus anseios e necessidades”, afirmou Thalyne.
Sobre a experiência internacional, eles contaram que foi uma oportunidade de consolidar o conhecimento adquirido durante as sete semanas de curso online, anterior ao evento em Londres. “Fomos convidados a pensar em soluções a partir do viés comportamental que queremos impactar na vida do nosso público-alvo, como investigar e produzir dados, trabalhar de maneira integrada e participativa com as comunidades, como comunicar as intenções de forma assertiva tanto com o público, como com os diversos atores envolvidos nos projetos”, explicou Elder.
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