Alagoas
Reintrodução do sorotipo 3 da dengue preocupa infectologistas
Especialistas do Hospital Helvio Auto alertam que parte da população está suscetível à forma grave da doença.
O reaparecimento do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil está desencadeando uma epidemia da doença em diversas regiões, com especial atenção voltada para Alagoas. A predominância do sorotipo 1 na região pode estar prestes a mudar com a chegada do período de chuvas, trazendo ameaças significativas à saúde pública. Especialistas alertam para o aumento de 53% nos casos notificados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), evidenciando a urgência de medidas preventivas.
"A epidemia de dengue já vem sendo anunciada há mais de um ano pelos médicos e pesquisadores. Com transmissibilidade maior, o sorotipo 3 apresenta um perigo para nossa população uma vez que ela está mais suscetível", explicou a infectologista do Hospital Helvio Auto, Vânia Pires.
O risco do retorno do sorotipo 3 é exacerbado pela baixa imunidade da população, já que poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no início dos anos 2000. O aumento das temperaturas e o início do período chuvoso criam um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos transmissores da doença.
"Temos que lembrar que o Aedes aegypti não transmite somente a dengue. As coinfecções estão ocorrendo, inclusive com a transmissão de mais de uma doença por picada", alertou Vânia Pires.
O médico Fernando Maia, infectologista do mesmo hospital, destacou a necessidade de atenção para uma faixa específica da população: "O Ministério da Saúde priorizou a vacina da dengue para a faixa etária de pessoas com menos de 20 anos porque parte dessa população não tem imunidade para o sorotipo 3, e também por apresentar maior índice de hospitalização."
Quanto à prevenção, Vânia Pires enfatizou a importância das medidas de cuidado simultâneas: "A vacina Qdenga é eficaz e segura, mas é importante perceber que mesmo que o SUS liberasse a vacinação para toda a população, o laboratório fabricante não conseguiria produzir vacinas em larguíssima escala. Então as medidas de prevenção como limpeza de ambientes, eliminação de criadouros do mosquito devem ser atreladas à vacinação da população mais suscetível ao desenvolvimento da forma mais grave da doença."
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