O governo federal anunciou nesta sexta-feira (19) uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. A medida inclui um reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. A proposta foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária sobre a reestruturação da carreira.

A proposta prevê ainda melhorias nos benefícios, como um aumento de 51,9% no auxílio-alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1 mil, e um aumento de 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde). Além disso, a assistência pré-escolar (auxílio-creche) passaria de R$ 321 para R$ 484,90.

No entanto, os servidores técnico-administrativos da área de educação criticaram a proposta, classificando-a como "irrisória e decepcionante". O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) afirmou que as negociações focaram na carreira dos técnicos pela manhã, enquanto a mesa de negociação à tarde abordou a carreira dos docentes.

Os servidores reivindicam uma recomposição salarial entre 22,71% e 34,32%, além de reestruturação das carreiras técnico-administrativa e de docentes. Eles também pedem a revogação de normas consideradas prejudiciais à educação federal e a recomposição do orçamento.

O Sinasefe destacou que a proposta do governo não recompõe os salários nem reestrutura as carreiras, mantendo o congelamento salarial para 2024. A decisão sobre a continuidade da greve será tomada após consultas às assembleias locais e apresentação durante a plenária nacional.