Nos primeiros dez dias da Operação Verão, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) atendeu 72 incêndios em vegetação, um aumento de 80% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 40 ocorrências.

O crescimento preocupa a corporação, já que o período entre novembro e janeiro historicamente concentra mais casos, com condições climáticas favoráveis à propagação do fogo. Ondas de calor, baixa umidade e ventos fortes tornam a vegetação mais vulnerável, facilitando a expansão das chamas.

A maior parte das queimadas tem origem humana, seja por ações criminosas ou atitudes negligentes, como queima de lixo, descarte de bitucas em áreas secas, soltura de balões e fogueiras mal apagadas. Causas naturais, como raios ou o efeito lupa provocado por objetos de vidro, são menos frequentes.

O combate aos incêndios exige técnicas específicas, que variam conforme o terreno e a intensidade do fogo. A corporação utiliza água com mangueiras de alta pressão, tanques e ferramentas manuais como abafadores, enxadas e pás. Aceiros são criados para bloquear a propagação, e o contrafogo é aplicado apenas por equipes especializadas devido ao alto risco.

Iniciada em 1º de dezembro, a Operação Verão segue até 1º de março de 2026. Durante esse período, o CBMAL reforça o efetivo e intensifica a atuação em todo o estado, priorizando áreas de maior demanda e atendendo ocorrências típicas da temporada, como incêndios florestais e salvamentos aquáticos.

Em caso de incêndio, a orientação é acionar imediatamente o 193, não tentar combater grandes focos, afastar-se da área, evitar inalar fumaça, retirar materiais combustíveis próximos a residências e buscar rotas contra o vento. A prevenção inclui não descartar bitucas em áreas secas, não queimar lixo ou pasto, recolher vidro descartado irregularmente e manter máquinas em bom estado. Em áreas rurais, aceiros de ao menos três metros ajudam a impedir a propagação das chamas.