A partir desta segunda-feira (29), trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do FGTS e tiveram o contrato de trabalho encerrado ou suspenso entre 2020 e dezembro de 2025 começam a receber valores que estavam retidos. A liberação será feita pela Caixa Econômica Federal, sem necessidade de pedido por parte do beneficiário.

A medida foi possível após a publicação da Medida Provisória nº 1.331/2025, que autorizou a liberação excepcional dos recursos. Segundo o governo federal, o montante total chega a R$ 7,8 bilhões, com impacto direto para cerca de 14,1 milhões de trabalhadores em todo o Brasil.

Pagamento dividido em duas fases

A Caixa organizou o pagamento em duas etapas para evitar congestionamento no sistema:

Primeira fase: começa em 29 de dezembro, com liberação de até R$ 1.800 por conta do FGTS, respeitando o saldo existente. Nessa etapa, devem ser pagos aproximadamente R$ 3,9 bilhões.

Segunda fase: o restante do saldo será liberado a partir de 2 de fevereiro de 2026, com pagamentos escalonados até 12 de fevereiro.

Quem fica de fora da liberação

Mesmo com a nova regra, alguns saldos continuam bloqueados. Não poderão sacar:

trabalhadores que usaram o FGTS como garantia em empréstimos do saque-aniversário;

contas com bloqueio judicial, como em casos de pensão alimentícia.

Nessas situações, o dinheiro permanece indisponível até nova decisão legal.