Nesta sexta-feira (29), o governo russo conduziu um dos maiores ataques com mísseis contra a Ucrânia, resultando na morte de 31 civis e deixando outros 120 feridos. Autoridades indicam que o ataque atingiu edifícios residenciais em Kiev, nas regiões sul e oeste, e uma maternidade no leste.

O governo polonês alega que um míssil russo possivelmente atravessou seu espaço aéreo por cerca de 40 quilômetros antes de atingir a Ucrânia. Moscou não emitiu comentários, enquanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual a Polônia é membro, afirmou estar atenta às ações de Putin.

Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, o ataque aéreo de fim de ano evidencia a ausência de espaço para diálogo sobre trégua com o Kremlin, criando incertezas sobre a continuidade do apoio ocidental a Kiev.

"Hoje, milhões de ucranianos acordaram com o som alto de explosões. Gostaria que esses sons de explosões na Ucrânia pudessem ser ouvidos em todo o mundo", desabafou Dmitry Kuleba, ministro das Relações Exteriores.

A Força Aérea ucraniana relatou ter abatido 87 mísseis de cruzeiro e 27 drones, direcionados a infraestruturas vitais, instalações industriais e militares.

"A Rússia atacou com tudo o que tem em seu arsenal... Aproximadamente 110 mísseis foram disparados, e a maioria foi abatida", declarou o presidente Volodymyr Zelensky no Telegram.

*Agência Brasil