Segundo informações do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia, divulgadas nesta quinta-feira (8), o mês de janeiro de 2024 foi o mais quente já registrado. Esse recorde sucede janeiro de 2020, isso confirma a tendência de aumento de temperatura global alimentada pelas mudanças climáticas causadas por atividades humanas e o fenômeno climático El Niño. Este último aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico, elevando as temperaturas globais.

Samantha Burgess, diretora adjunta do C3S, ressalta: "Além de ser o janeiro mais quente, também acabamos de passar por um período de 12 meses com mais de 1,5°C acima do período de referência pré-industrial". Ela destaca a urgência de reduções rápidas nas emissões de gases de efeito estufa como a única forma de evitar o aumento das temperaturas globais.

Os cientistas norte-americanos apontam que há uma chance de 2024 superar o ano anterior em termos de temperatura, com 99% de probabilidade de estar entre os cinco anos mais quentes já registrados.

Embora o fenômeno El Niño tenha começado a enfraquecer no último mês, indicando a possibilidade de transição para a contrapartida mais fria, La Niña, as temperaturas médias globais da superfície do mar em janeiro foram as mais altas registradas para este mês.

Apesar de ter ultrapassado 1,5ºC em um período de 12 meses, ainda não houve uma violação direta da meta do Acordo de Paris de 2015, que visa impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5 grau Celsius. A atenção global permanece focada na necessidade de ações urgentes para mitigar os impactos futuros das mudanças climáticas.