Nesta sexta-feira, os Estados Unidos lançaram um amplo conjunto de sanções contra a Rússia, atingindo mais de 500 pessoas e entidades em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou, que completa dois anos, e em retaliação à morte do líder da oposição russa Alexei Navalny.

O presidente Joe Biden destacou que as medidas visam garantir que o presidente russo, Vladimir Putin, "pague um preço ainda mais alto pela sua agressão no exterior e pela repressão interna". As sanções abrangem o sistema de pagamentos Mir da Rússia, instituições financeiras, a base industrial militar, a evasão de sanções, a produção futura de energia e outras áreas.

"Será que Washington não percebe que as sanções não nos derrubarão?" questionou o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov, destacando a resiliência russa diante das medidas.

A administração Biden busca apoiar continuamente a Ucrânia, enfrentando uma escassez crítica de munições. A União Europeia, a Grã-Bretanha e o Canadá também tomaram medidas contra a Rússia.

No entanto, a economia russa, avaliada em 2,2 trilhões de dólares, mostrou-se mais resistente do que previsto tanto por Moscou quanto pelo Ocidente. A invasão da Ucrânia há dois anos resultou em dezenas de milhares de mortos e cidades destruídas.

O Departamento do Tesouro dos EUA e outros departamentos visaram quase 300 pessoas e entidades. O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que foi a maior quantidade de designações em uma única ação na Rússia.

Além disso, o Tesouro impôs sanções ao National Payment Card System, operador estatal do sistema de pagamentos Mir, enquanto o Departamento de Estado mirou a empresa de construção naval russa Zvezda, envolvida na construção de navios-tanque de GNL.

Apesar de alguns observadores apontarem para o impacto limitado das sanções, os EUA prometem aumentar os custos para a Rússia, especialmente nas exportações de petróleo. O Departamento de Estado também visou funcionários russos ligados à morte de Navalny e à transferência forçada de crianças ucranianas.

Essa ação marca uma nova fase nas tensões entre os Estados Unidos e a Rússia, destacando a disposição dos EUA em adotar medidas mais duras contra as ações russas no cenário internacional.