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Cúpula G20

Brasil lidera esforço global para tributar super-ricos

Ministro das Finanças brasileiro busca consenso internacional para aumentar a tributação da riqueza.

Por Redação com Agência Reuters 17/04/2024 17h05
Brasil lidera esforço global para tributar super-ricos
Foto: Reprodução Internet

Nesta quarta-feira (17), o Brasil, atual presidente do Grupo dos Vinte (G20), avançou com sua proposta de tributar os super-ricos, recebendo apoio do ministro das Finanças da França e da chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fernando Haddad, ministro das Finanças do Brasil, anunciou durante as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial que o país buscará um consenso internacional sobre a tributação da riqueza e pressionará por uma declaração conjunta na próxima reunião do G20 em julho.

"Haddad enfatizou a importância de ganhar o apoio das maiores economias para essa iniciativa", destacando a necessidade de apoio político global.

Seu colega francês, Bruno le Maire, endossou a proposta brasileira, argumentando que tributar os super-ricos seria um passo lógico após reformas tributárias globais anteriores. Ele propôs que o G20 alcançasse um acordo sobre a tributação dos ricos até 2027.

Kristalina Georgieva, chefe do FMI, enfatizou a importância de fechar as lacunas fiscais e garantir uma contribuição justa dos super-ricos para mobilizar fundos urgentemente necessários para um crescimento sustentável e inclusivo.

Segundo estimativas do FMI, acabar com a evasão fiscal das empresas e implementar um imposto corporativo mínimo global poderia gerar receitas significativas anualmente, contribuindo para enfrentar desafios como a fome e as mudanças climáticas.

O economista Gabriel Zucman, diretor do Observatório Fiscal Europeu, propôs uma taxa de imposto sobre o patrimônio líquido muito elevado, estimando que poderia gerar 250 bilhões de dólares anualmente, metade da receita necessária para enfrentar as mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.

Enquanto isso, Susana Ruiz Rodriguez, da Oxfam, observou que, embora seja um avanço, a proposta de tributação dos super-ricos ainda é modesta. A Oxfam sugere que seria necessário um imposto anual sobre a riqueza de mais de 8% em todos os países para manter constante a riqueza dos multimilionários ao longo das últimas duas décadas.

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