Bianca Cavalcanti tem só três anos e já coleciona uma legião de fãs pelas redes sociais. Além de ter feito sucesso fazendo um pedido no drive thru de um restaurante, nos últimos dias, ela atingiu mais de cinco milhões de visualizações após uma sequência de gravações em que corrige erros de português na fala dos pais, que fazem testes diante da câmera. 

Ela está em fase de alfabetização e, sempre que ouve palavra ou construção fora da norma culta, corrige automaticamente. A família faz questão de estimular as correções porque, além de ser fofo e engraçadinho, é um reforço para o que Bibi, como é carinhosamente chamada, aprende na escola. "O que a criança aprende em casa, ela reproduz na escola e o que aprende na escola, reproduz em casa. É um conjunto", acredita a mãe, Andreza Cavalcanti, 27. 

Em entrevista ao UOL, Andreza contou que percebe, há um tempo, esse comportamento da filha. Mas foi há cinco dias que decidiu gravar um diálogo das duas. 'Fingi que tava mandando um áudio e gravei pra ver se ela ia me corrigir', contou Andreza. 

Bianca tinha apenas 10 meses em março de 2020, quando os primeiros casos de covid-19 foram registrados no Brasil. Por isso, todo o processo de desenvolvimento dela, nos últimos dois anos, foi conduzido dentro de casa.

Apesar de não ser a realidade da maioria das mães, Andreza conseguiu acompanhar os primeiros momentos da vida da filha e, ao perceber a facilidade que Bianca tinha para aprender, reduziu o tempo de tela e estimulou jogos de raciocínio e memória. 

Hoje, essas são as atividades favoritas de Bibi e a empresária se sente realizada por ter participado desses momentos. "Foi maravilhoso. Realizada por poder ter sido tão presente nos primeiros anos da vida dela", contou.

Com tanta esperteza, Bibi só começou a ir para a escola esse ano. Depois de um longo período em casa com a família, a mãe acreditou que socializar depois de todo o aprendizado dos últimos anos seria ainda mais positivo para a criança. 

Apesar do hit, a urgência de Bianca em corrigir falas 'erradas' da mãe e dos avós não parece ser algo exclusivo dela. Nos vídeos, várias mamães "viram" seus filhos no bebê falante. Comentários como 'tá, moça, devolve minha filha', 'minha irmã é igualzinha' e 'a minha também corrige' são a prova dessa semelhança.