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Sequestradores amarravam bombas em crianças
Funcionários de bancos eram obrigados a fazer retirar valores na instituição em que trabalhavam
Doze suspeitos de sequestrar funcionários de bancos e seus familiares foram presos em Pernambuco. Segundo a Polícia Civil, a organização fez, ao menos, nove investidas para extorquir dinheiro de instituições financeiras. Criminosos ameaçavam vítimas nos cativeiros. “Artefatos explosivos eram amarrados a crianças”, disse o delegado Paulo Berenguer.
A quadrilha foi alvo da Operação Shoes Off, deflagrada na quinta (20). Nesta sexta (21), a polícia repassou detalhes das ações, durante coletiva de imprensa, no Centro do Recife.
Durante a operação, a polícia cumpriu 12 dos 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Um dos investigados ainda está foragido. As equipes também cumpriram 14 mandados de busca.
Foram apreendidos uniformes das Polícias Federal (PF) e Civil, além da Receita Federal. Com os presos, havia armas, munições e explosivos, bem como celulares e rádios para comunicação interna.
Com o uso dos artefatos, os bandidos forçavam os funcionários dos bancos a pegar o dinheiro das instituições para pagar os resgates dos familiares.
“Todo esse material apreendido foi reconhecido pelas vítimas dos sequestros”, declarou o delegado Paulo Berenguer.
As investigações, segundo a polícia, começaram em 2021, depois de um sequestro ocorrido em Garanhuns, no Agreste pernambucano.
Na quinta, os policiais prenderam o vigilante de uma chácara que era usada como cativeiro. “Foi uma estratégia da investigação. A prisão do foragido é uma questão de tempo”, declarou o policial.
Na entrevista coletiva, o delegado Rodolfo Cartaxo informou que a quadrilha tinha um padrão de atuação, repetido em todos os crimes.
“Eles são especializados em extorsão mediante sequestro de funcionários de instituições financeiras. Começaram a praticar os crimes em 2019”, afirmou.
O primeiro passo da quadrilha, de acordo com com o delegado, era escolher o alvo da ação. Assim , a organização ficava monitorando o funcionário do banco e a rotina dos seus familiares.
Os bandidos escolhiam o melhor momento para fazer a abordagem. Após o sequestro, levavam as vítimas e os parentes para um cativeiro.
As vítimas e as famílias eram mantidas nos cativeiros por, pelo menos, uma noite. No dia seguinte, o funcionário era liberado e levado ao banco para retirar os valores para entregar para a quadrilha”, disse o delegado.
Ainda segundo Cartaxo, o crime era praticado, geralmente, por quatro pessoas. ‘Uma parte ficava com os parentes nos cativeiros Eram filhos e esposas dos funcionários dos bancos. A outra parte ia com o trabalhador retirar o dinheiro”, afirmou.
O policial afirmou que, durante a noite, no cativeiro, os parentes dos funcionários do banco eram ameaçados. “Eram ameaças psicológicas, com armas de fogo e explosivos”, acrescentou.
O delegado disse, ainda, que a polícia investiga, agora, a participação dessa quadrilha em crimes semelhantes praticados em Alagoas e na Paraíba.
*G1
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