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JUSTIÇA

Americana supera câncer e processa L’Oréal

Americana abriu um processo contra empresa de cosméticos alegando que a aplicação do produto no cabelo causou o desenvolvimento de câncer de útero

Por Redação com site* 26/10/2022 16h04 - Atualizado em 26/10/2022 16h04
Americana supera câncer e processa L’Oréal

Nos Estados Unidos, uma mulher decidiu entrar com um processo contra a empresa de cosméticos L’Oréal alegando que os produtos químicos de alisamento capilar da empresa foram responsáveis pelo desenvolvimento de um câncer uterino nela. Jenny Mitchell, de 32 anos, baseou-se em um polêmico estudo publicado na revista científica Journal of the National Cancer Institute que comprovaria a existência de outros casos.

A demanda civil contra a empresa foi apresentada na última sexta-feira (21/10), logo após a publicação do estudo, na segunda (17/10). A mulher usou os produtos no cabelo durante quase duas décadas e foi diagnosticada com câncer em 2018. Ela precisou ser submetida a uma histerectomia, a cirurgia de retirada do útero, para lidar com o tumor. O processo busca uma indenização por danos morais superior a US$ 75 mil, cerca de R$ 399 mil.

Jenny se lembra de ter usado os produtos de alisamento pela primeira vez quando tinha apenas oito anos de idade. Ela comenta, em entrevista coletiva, que os sonhos de ser mãe foram extintos após a realização da cirurgia.

“Relaxantes e alisadores químicos foram apresentados a nós, jovens afro-americanas, quando erámos jovens. A sociedade criou regras para termos certa aparência, nos sentirmos de uma determinada maneira. Eu sou a primeira de muitas vozes que enfrentarão essas empresas”, disse a americana.

Estudo
De acordo com a pesquisa conduzida por cientistas do National Institute of Environmental Health Sciences, dos Estados Unidos, as pessoas que usam esse tipo de produto quatro vezes por ano podem ser duas vezes mais propensas a desenvolver câncer de útero. Além disso, os dados indicam que os casos da doença são mais comuns em mulheres negras.

Os pesquisadores examinaram as associações entre o uso de produtos capilares e câncer uterino em 33.947 participantes, de 35 a 74 anos de idade. Depois de dez anos de acompanhamento, foram identificados 378 casos da doença. No entanto, o uso de outros produtos capilares, a exemplo de tinturas, não foi associado à enfermidade.

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*Metrópole

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