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Apreensão de navio com 3,6 toneladas de cocaína é a maior já feita em águas brasileiras"
A Polícia Federal e a Marinha do Brasil interceptaram um navio que navegava no mar territorial de Pernambuco com cerca de 3,6 toneladas de cocaína, na tarde de terça-feira (19). De acordo com a Polícia Federal, que concedeu mais informações sobre o caso nesta quarta-feira (20), "essa é a maior apreensão da droga já feita em águas brasileiras".
A embarcação, que tinha cinco tripulantes a bordo, foi escoltada para o Porto do Recife. Todos foram presos.
"Foram apreendidos 3.620 quilos de cocaína através do trabalho de inteligência da nossa corporação. Essa é a maior apreensão da droga já feita em águas brasileiras, até onde temos documentado. Esse é apenas um passo de outras operações que ainda serão deflagradas", detalhou o Delegado Regional de Polícia Judiciária, Márcio Tenório.
O delegado explicou que a droga seria vendida na África. Caso fosse vendida no Brasil, equivaleria, em uma estimativa, a cerca de R$ 108 milhões.
Segundo a corporação, o destino final era o continente africano por conta das regulações de chegada e saída de embarcações por lá, que são menos rígidas do que na Europa, por exemplo. Ainda assim, conforme aponta a investigação, a comercialização tinha como objetivo alcançar também a Europa, já de forma terrestre.
"O nosso monitoramento começou quando eles passaram pelo Rio Grande do Norte. A droga apreendida será incinerada ainda nesta quarta; dependemos apenas da aprovação judicial para fazer isso. Se fizermos as contas, a média no Brasil é de R$ 30 mil por quilo de cocaína, então todo o material apreendido, se fosse vendido no Brasil, chega a algo em torno de R$ 108 milhões. É um lucro muito grande e poderia ser até maior, já que todo o material seria vendido entre Europa e África", explicou o delegado.
Os responsáveis pela condução do navio já estavam a cerca de 15 milhas da costa pernambucana quando foram abordados pelos agentes federais. Todos os cinco foram presos em flagrante por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.
De acordo com a Polícia Federal, as penas para os crimes podem chegar a 40 anos de reclusão. Os tripulantes, todos brasileiros, seguem detidos enquanto aguardam audiência de custódia que deve definir se eles irão ou não ser liberados para esperarem por julgamento.
*Folhape
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