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França avisa que UE deve se organizar caso EUA reduzam ajuda à Ucrânia
Nesta terça-feira (30), o presidente da França, Emmanuel Macron, apelou aos países europeus para apoiarem a Ucrânia a longo prazo e compensarem qualquer eventual redução da ajuda dos Estados Unidos, a alguns meses das eleições presidenciais norte-americanas. "Devemos nos organizar de modo a que, se os Estados Unidos fizerem a escolha soberana de parar ou reduzir essa ajuda, tal medida não tenha qualquer impacto no terreno", indicou o líder francês, em alusão aos meios de defesa do país ucraniano que há quase dois anos combate uma ofensiva da Rússia.
Macron fez o pedido em Estocolmo junto com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, no âmbito da conclusão entre ambos de uma "parceria estratégica renovada", tendo a Defesa no centro dessa cooperação, quando a Suécia está prestes a aderir a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), aliança militar ocidental. "França e Suécia partilham o desejo de se aproximarem, de produzirem em conjunto, de ajudarem juntas à Ucrânia, para termos uma Europa que se proteja melhor", declarou Macron.
Já a Hungria é o último país da União Europeia (UE) a vetar a ajuda de 50 bilhões de euros em quatro anos à Kiev, tema que estará no centro do debate na cúpula da UE na próxima quinta-feira. Mas, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, também acusou a UE de "guerra ideológica" e ameaças por causa de um alegado plano de retaliação pelo bloqueio de Budapeste à ajuda do bloco europeu à Ucrânia. "A UE trava uma guerra ideológica contra a Hungria há vários anos e mantém a chantagem. Agora temos os documentos que provam", afirmou Orbán.
O primeiro-ministro se refere a um documento sobre um alegado plano da UE para sabotar a economia húngara, caso Orbán venha vetar a ajuda à Ucrânia na próxima cúpula do bloco europeu. O documento publicado no jornal britânico Financial Times revela um plano secreto de Bruxelas para, alegadamente, encerrar todos os financiamentos a Budapeste a fim de provocar um colapso na confiança dos investidores. Agora, Orbán garante que, se for levado a cabo, o plano pode vir a ser o ‘Armagedon’ e promete atuar. "Defenderemos os interesses da Hungria. Não nos podemos deixar chantagear", ressaltou.
No entanto, a UE já anunciou que o documento citado pelo jornal é uma "nota explicativa" preparada pelo secretariado-geral do Conselho da UE que descreve a situação atual da economia húngara. A UE acrescentou ainda que se trata de um documento factual que não reflete o estado das negociações sobre a revisão do quadro financeiro plurianual do bloco e não estabelece um plano específico de assistência à Ucrânia ou à Hungria.
Recentemente o governo húngaro propôs a entrega do apoio em frações anuais a Kiev e que fossem discutidos todos os anos. Esta solução não convenceu os parceiros da UE que receiam que Budapeste use a circunstância para chantagear a UE. Por sua vez, a Comissão Europeia bloqueou o pagamento de cerca de 22 bilhões de euros de fundos regionais à Hungria por não ter respeitado a Carta Europeia dos Direitos Fundamentais, mas, em dezembro de 2023, desbloqueou 10,2 bilhões de euros desses fundos, em resposta a alterações legislativas.
*Diário de Pernambuco
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