Perdemos a oportunidade de meio bilhão. A diferença entre o necessário e a prioridade
É indiscutível a capacidade de entrega do ministro dos Transportes, Renan Filho. Também é indiscutível que ele enfrenta desafios que a seara política diz: “aí não. Agora ele se quebra”. Ele superou todas as desconfianças quando prefeito de Murici, quando governador, com o segundo mandato ainda melhor que o primeiro, e tem confirmado no ministério que está entre suas metas impulsionar o desenvolvimento do Brasil pelas rodovias federais. Renan Filho é, por mérito, um político de entregas.
Por outro lado, é discutível, aliás, extremamente preocupante não existir esta discussão, dele (Renan Filho), do senador mestre da coalizão, Renan Calheiros, do relator do Orçamento Geral da União, Isnaldo Bulhões, e do Arthur Lira, ao ser duas vezes presidente da Câmara Federal, com relação à ordem de serviço para a construção das barragens que também impulsionariam o desenvolvimento econômico do Estado, com a vantagem de evitar constantes tragédias decorrentes das seguidas enchentes, que castigam as cidades banhadas pelos rios Canhoto, Mundaú e Paraíba, desde 1941. (eles são os cabras fortes de Alagoas, em Brasília). Nada de concreto nas ações efetivas. Aliás, quase nada, porque uma audiência pública, na Assembleia Legislativa, solicitada pela deputada estadual Fátima Canuto, parecia que mudaria o jogo, mas ela ficou só e sozinho nem a Cooperativa Pindorama sobreviverá.
O projeto para a construção das barragens está pronto desde 2014, mas armazenado debaixo de 200kg de concreto, na Secretaria Estadual da Infraestrutura.
Não há a menor dúvida com relação à necessidade da duplicação das BRs-101, 104, 316, 349, 423 e 424, que cortam Alagoas. Duplicar garante mais segurança, fluidez no tráfego e desenvolvimento econômico. MAS, AS BARRAGENS GARANTIRIAM – PRIMEIRO – A TÃO ESPERADA PAZ ESPIRITUAL PARA AS MILHARES DE FAMÍLIAS QUE PERDERAM PARENTES, CASAS, COMÉRCIOS, PLANTAÇÕES E MUITAS CONVIVENDO COM O FANTASMA DA DEPRESSÃO E DO LUTO. AS ENCHENTES SÃO O QUE VOU CHAMAR DE BRASKEM DAS ÁGUAS.
Renan Filho, senhoras e senhores, é um político diferente. Os números de suas passagens pelo Executivo e Ministério dos Transportes não deixam dúvida. Mas ele é um humano-político. MEIO BILHÃO para a duplicação dos 28,3 km da BR-104, entre Messias e Branquinha são tão necessários quanto a construção da ponte (que ainda não nasceu) ligando a Barra de Santo Antônio a Passo de Camaragibe, também impulsionando o desenvolvimento econômico da região Norte do Estado. MEIO BILHÃO para duplicar Messias a Branquinha é praticamente 50% do que está no projeto das barragens. Tem dinheiro, falta decisão.
Por fim... duplicar é necessário, mas as barragens precisam virar prioridade. Ah!!! quando tem enchente, pelo menos dois trechos entre Messias e Branquinha, na mesma BR-104, ficam interditados. Como a obra, autorizada por Renan Filho, tem previsão de entrega em 24 meses, talvez no próximo inverno tenham que refazer o serviço nos trechos citados.
Duplicação da BR-104: Necessário, SIM! Prioritário, Não!
Barragens para salvar vidas, promover tranquilidade para milhares de famílias e impulsionar o desenvolvimento econômico na mesma região: SIM
"Se a morte, a depressão, a destruição e os pedidos de socorro não chamam a atenção... o SILÊNCIO também mata", Wadson Regis.
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