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Crise: mercado de shows no Brasil declina
Questões de acessibilidade e custo-benefício dos ingressos precisam estar alinhadas às expectativas e possibilidades econômicas do público
Após a retomada dos eventos ao vivo, o Brasil vivenciou um boom de festivais e shows. No entanto, o panorama atual revela uma fase de declínio nesse mercado efervescente. Grandes ícones da música como Ivete Sangalo e Ludmilla sentiram essa mudança abrupta, colocando em cheque a longevidade dos megashows na atual conjuntura econômica e social do país.
Era natural esperar uma explosão de atividades culturais com o fim das restrições pandêmicas. Inicialmente, essa onda trouxe um rejuvenescimento para a indústria do entretenimento, porém, a diminuição do poder aquisitivo e a segurança dos eventos tornaram-se pontos cruciais que desafiaram a continuidade desta escalada.
Por que a Insegurança e a Economia Afetam os Eventos ao Vivo?
A segurança tornou-se uma pauta prioritária após acidentes em grandes shows, que elevaram o medo e a hesitação do público em comparecer a eventos semelhantes no futuro. Paralelo a isso, a estagnação econômica provocou um descompasso entre os preços elevados dos ingressos e a capacidade de desembolso da maioria dos brasileiros, desmotivando ainda mais os potenciais espectadores.
Para enfrentar essa nova realidade, promotores de eventos e empresas do setor estão adaptando seus modelos de negócio e explorando novas estratégias para atrair o público. O cancelamento de shows, embora seja uma medida extrema, tornou-se uma prática mais frequente para minimizar perdas financeiras significativas.
No entanto, algumas iniciativas mostram como a reinvenção é possível. Um exemplo é a aposta da Budweiser em vincular grandes campanhas de marketing a eventos específicos, utilizando a cultura do art washing para melhorar sua imagem corporativa e atrair uma nova demografia de consumidores para seus patrocinados.
Qual o Futuro dos Eventos ao Vivo no Brasil?
Como o setor de eventos ao vivo pode caminhar rumo ao progresso? A realidade é que uma transformação profunda é necessária. Desde a incorporação de tecnologias digitais que enriqueçam a experiência dos participantes até a reconsideração de como a segurança é abordada, são passos decisivos para a revitalização do mercado. Além disso, as questões de acessibilidade e custo-benefício dos ingressos precisam estar alinhadas às expectativas e possibilidades econômicas do público brasileiro.
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