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Brasil acelera na corrida por minerais críticos

A demanda por minerais estratégicos, como lítio e níquel, impulsiona investimentos no país

Por Redação com O Globo 21/10/2024 12h12
Brasil acelera na corrida por minerais críticos

De olho no futuro - A corrida global por minerais críticos está realmente aquecendo a busca por ativos e investimentos no Brasil. Com a transição energética em foco, a demanda por minerais como lítio, níquel, cobalto, cobre e grafite está crescendo rapidamente. O Brasil, com suas vastas reservas de minerais estratégicos, está em uma posição vantajosa. O país possui 94,12% das reservas globais de nióbio, 22,42% das de grafite, 16,15% das de terras raras e 16% do níquel mundial. Além disso, o Brasil é o quinto maior produtor de lítio, um mineral essencial para baterias de veículos elétricos. Essa demanda crescente está impulsionando investimentos significativos na exploração e produção desses minerais no Brasil, apesar dos desafios tributários e geopolíticos que ainda persistem.

Gangorra - A recente desvalorização do real frente ao dólar tem sido influenciada por diversos fatores, incluindo a desconfiança fiscal e o ruído político no Brasil. Especialistas apontam que, sem esses fatores internos, o dólar estaria cotado em torno de R$ 5,10. A percepção de risco fiscal e as declarações políticas têm aumentado a incerteza entre os investidores, levando muitos a buscar investimentos mais seguros em outras economias. Além disso, a política monetária apertada do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos também contribui para a valorização do dólar.

Transfer - A menos de uma semana da votação, as pesquisas mostram que candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão atrás em cinco capitais em que a esquerda disputa o segundo turno. Com exceção de Cuiabá, o aliados do petista penam para herdar os votos que foram do presidente na eleição de 2022 em São Paulo, Fortaleza, Natal e Porto Alegre. Há quatro anos, o partido ficou sem vencer em capitais pela primeira vez desde sua fundação, e retomar ao menos uma grande cidade este ano é considerado fundamental para a sigla que conquistou apenas 248 prefeituras no primeiro turno.

Risco com mudanças - O percentual de brasileiros que veem as mudanças climáticas como um risco imediato aumentou nos últimos meses, chegando a 60% após a crise das queimadas no país, aponta pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (20). Em junho, o percentual de brasileiros que viam as mudanças no clima como risco imediato ao planeta era de 52%. Já a fatia dos que entendem os eventos extremos como um risco para as pessoas que viverão daqui a muitos anos caiu de 43%, em junho, para 32% em outubro. Foram ouvidas 2.029 pessoas com 16 anos ou mais, em 113 municípios, nos dias 7 e 8 de outubro. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos. O levantamento mostra que 42% dos brasileiros dizem que a vida foi muito afetada por pela fumaça dos incêndios. Sobre o desempenho do governo Lula (PT) na gestão ambiental é reprovado por 40% dos brasileiros. Outros 29% aprovam a condução da gestão petista no tema, e 29% a consideram regular.

Queda de Lula - O presidente Lula cancelou a viagem programada para a cúpula dos Brics, na Rússia, após sofrer um acidente doméstico no Palácio da Alvorada. Na noite de sábado, o chefe do Executivo, de 78 anos, caiu no banheiro e bateu a parte de trás da cabeça. Encaminhado para o Hospital Sírio-Libanês em Brasília, recebeu cinco pontos. A equipe de atendimento desaconselhou o paciente a fazer longas viagens de avião. O médico pessoal de Lula, Roberto Kalil Filho, disse que o presidente teve traumatismo craniano, além de um pequeno sangramento na região cerebral. Kalil afirmou que o paciente ficará em observação, e novos exames serão realizados nos próximos dias. Segundo o Palácio do Planalto, Lula manterá a agenda de trabalho.

Cerco ao golpismo se fecha - A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou conexões entre a elaboração de um plano de golpe de Estado e a invasão às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. As informações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e envolvem aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esses dados servirão para a solicitação de novas diligências para subsidiar inquéritos que correm na Corte. As informações foram enviadas ao ministro Alexandre de Moraes. O elo dos golpistas com o 8 de janeiro foi trazido à tona pelo UOL e onfirmado pelo Correio junto a fontes na PGR e na Polícia Federal (PF). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que “a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios”, referindo-se à depredação promovida por milhares de extremistas que ficaram várias semanas acampados em frente do quartel-geral do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Vazamento da PF: STF nega arquivamento - A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou um recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro para derrubar a decisão que negou arquivamento o inquérito sobre suposto vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal. O caso trata da transmissão, ao vivo, em agosto de 2021, na qual Bolsonaro divulgou informações sobre o inquérito da PF que apura a invasão aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral, em 2018. A íntegra do inquérito foi publicada nas redes sociais do ex-presidente. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a investigação não estava sob sigilo. A defesa de Bolsonaro recorreu ao STF para manter o parecer da ex-vice-procuradora Lindôra Araújo, que opinou pelo arquivamento. Além disso, a defesa queria ter acesso à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. Em agosto de 2022, Lindôra afirmou ao ministro que o arquivamento deveria ser automático. Apesar do entendimento, Moraes negou o pedido e determinou novas diligências.

Empatados, Graeml e Pimentel sobem o tom em Curitiba - Desconhecimento da cidade de Curitiba (PR), críticas por espalhar "fake news", alianças "nos bastidores" com petistas e ausência em entrevistas foram alguns dos temas do debate entre Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) neste sábado, promovido pela afiliada da Record no Paraná, RCI. Empatados tecnicamente na pesquisa Quaest divulgada horas antes, o vice-prefeito e a jornalista no segundo turno da disputa pela prefeitura da capital paranaense não pouparam acusações durante as duas horas de programa. Pimentel e Graeml destacaram alguns temas já explorados, como vacinação contra a Covid-19, educação e plano de cargos para servidores do município. O vice-prefeito frisou como sua oponente não tem conhecimento da administração pública, que é preciso mostrar "o que vai fazer, e como fazer", ao comentar sobre o plano diretor da cidade. A jornalista rebateu lembrando que o ex-prefeito Jaime Lerner, que governou o município por três gestões, não tinha conhecimento da política ao ser eleito, somente da arquitetura. Graeml ironizou afirmando que Pimental estava "bem ensaiadinho". Ao tentar dialogar com eleitores bolsonaristas, nacionalizou o debate e disse que as alianças da atual gestão, a qual Pimentel faz parte, inclui "até nomes" do PT do estado, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann e o deputado Zeca Dirceu. — Quanto cargos você prometeu para Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann, agora que eles declararam apoio político a você? — questionou a candidata do PMB. Pimentel rebateu e disse que a candidata espalha desinformação: — Não sei quando a senhora deixou de trabalhar com jornalismo sério para ser essa ventiladora de desinformação. Onde que o PT está oficialmente me apoiando? — respondeu.

Candidatos buscam apoio da direita em Manaus - O segundo turno da eleição para a prefeitura de Manaus mostra a força da direita na capital do Amazonas e o enfraquecimento do grupo político do governador Wilson Lima (União Brasil). O atual prefeito David Almeida (Avante) e o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) são opositores do governador e já disseram rejeitar o apoio de Lima na disputa municipal. Ao mesmo tempo, Almeida evita criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Capitão Alberto, mesmo o ex-presidente tendo chamado o prefeito de “Pinóquio manauara” na semana passada. A primeira pesquisa Quaest sobre o segundo turno da capital do Amazonas, divulgada no sábado, mostrou um empate técnico. Almeida ficou com 43% das intenções de voto e Capitão Alberto, 41%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Acidente doméstico de Lula vai evitar outra dor de cabeça na diplomacia - O acidente doméstico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de semana, vai evitar “outras dores de cabeça” para o Brasil na diplomacia, na avaliação de Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Lula não pôde viajar a Kazan, na Rússia, para participar da 16ª Cúpula do BRICS. Como se fala nos corredores do Itamaraty: foi força maior e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) estará lá com poder para negociar e contatar o presidente em caso de assuntos espinhosos. Entretanto, a foto do primeiro encontro presencial de Lula com o presidente russo Vladimir Putin foi adiada. “No formato proposto, Rússia e China querem dar visão muito coligada contra o mundo ocidental. O aperto de mãos poderia gerar forte tensão com Washington. Não é momento para isso”, avalia Trevisan. Entre os temas da cúpula está a desdolarização. O ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, por exemplo, já avisou que pretende punir quem adotar esse caminho. O professor também destaca o peso de um encontro direto de Lula com o presidente do Irã neste momento. “É claro que o Brasil já avançou demais no Oriente Médio e teve suas razões em relação às distâncias com Israel. Mas seria ultrapassar uma linha vermelha”. Trevisan ressalta, ainda, que China e Índia querem incluir Nicarágua e Venezuela no BRICS. “Para o Brasil isso não tem interesse algum. O Brasil praticamente rompeu com a Nicarágua e esfriou com a Venezuela”.

Beneficiários do bem-estar social se desencantaram com a esquerda - A reeleição da prefeita Margarida Salomão (PT) fez de Juiz de Fora um dos principais municípios conquistados pelo PT nas eleições municipais deste ano - um pleito em que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve saldo abaixo do esperado. Em entrevista ao Broadcast Político/Coluna do Estadão, a ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora faz um balanço da disputa e alertas para o futuro da esquerda. “Os beneficiários do bem-estar social se desencantaram da esquerda, porque, se é para fazer política de direita, então eu voto na direita. O grande argumento político a favor do meu voto é o bom desempenho”, afirmou Margarida, que defende ainda um processo de escuta aos evangélicos pelo PT. “A esquerda é muito autossuficiente, já sabe tudo. Acho que há preconceito contra os evangélicos”. Quem esteve em Juiz de Fora para fazer campanha contra mim foram Bolsonaro e o governador Romeu Zema. A população não quis nem saber.

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