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ASSASSINATO EM GUARULHOS

PMs são investigados por falhas em escolta de delator do PCC executado em aeroporto de Guarulhos

Policiais afastados são suspeitos de facilitar execução ao informar chegada de delator

Por Redação 12/11/2024 08h08 - Atualizado em 12/11/2024 10h10
PMs são investigados por falhas em escolta de delator do PCC executado em aeroporto de Guarulhos

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator com envolvimento com o PCC, foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (8). Durante o desembarque, ele estava acompanhado por um segurança e carregava uma mala com joias avaliadas em R$ 1 milhão. A polícia investiga a atuação dos policiais militares que faziam sua escolta, suspeitando que eles possam ter facilitado a execução.

Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, o soldado Samuel Tillvitz da Luz, do 18° Batalhão Metropolitano, afirmou prestar serviços de segurança para Gritzbach há cerca de um ano. Ele relatou que, ao desembarcar, se posicionou à frente do casal, mas ao ouvir os disparos, buscou abrigo e optou por se afastar do local, justificando que estava em desvantagem.

Outros quatro PMs que faziam parte da escolta foram indicados para o serviço por um tenente da PM. Embora o "bico" seja proibido pelo regulamento disciplinar da corporação, os policiais alegaram que aceitaram a função por questões financeiras. A polícia considera a possibilidade de que a escolta tenha falhado de forma proposital, informando o momento de chegada de Gritzbach.

Os policiais Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima, todos afastados, contaram que o tenente Garcia, do 23° Batalhão Metropolitano, foi o responsável por conectá-los ao empresário. Adolfo e Jefferson afirmaram que continuaram na função mesmo após descobrirem o envolvimento de Gritzbach com o PCC, citando questões financeiras e acreditando que ele não estava mais sob investigação.

No dia do crime, os seguranças dividiram-se em dois carros, mas um dos veículos teria apresentado falha mecânica próximo ao aeroporto. Os policiais Jefferson, o filho e o sobrinho de Gritzbach já se aproximavam do desembarque quando os tiros foram disparados. Câmeras de segurança registraram o ataque, mostrando que dois homens encapuzados realizaram pelo menos 29 disparos, dos quais 10 atingiram Gritzbach.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que atividades externas à corporação constituem infração disciplinar e que, no caso, os policiais foram afastados das atividades operacionais e ouvidos em dois inquéritos.

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