A empresária Mariana Maia divulgou, na noite desta quarta-feira (12), áudios atribuídos ao ex-namorado, Marcello Gusmão, suspeito de incendiar seu apartamento em Maceió. Em seu perfil no Instagram, ela relatou um histórico de agressões, ameaças e perseguições antes e depois do término da relação. 

Mariana explicou que as gravações são de setembro de 2024, quando trabalhadas em uma campanha política. Segundo ela, o relacionamento chegou ao fim após uma agressão, mas as ameaças reforçadas por meio de mensagens. “Eu não pude pegar carona com homens, nem trabalhar no meio político, era xingada, ameaçada, chantageada e violentada”, escreveu. 

Nos áudios divulgados, uma voz masculina faz ameaças e insultos. “Eu vou destruir a vida de vocês tudinho, você está pensando que eu sou o quê? [...] Você está acostumado com maloqueiro, mas eu não sou maloqueiro não, quem é maloqueira aqui é você”, diz um dos trechos.

Prisão preventiva e investigações 

A publicação ocorreu no mesmo dia em que a Justiça decretou a prisão preventiva de Marcello Gusmão. O 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar da Capital acatou o pedido da Polícia Civil, e equipes realizaram buscas na madrugada desta quinta-feira (13), mas o suspeito não foi encontrado e é considerado foragido. 

A delegada Ana Luiza Nogueira afirmou que ele será indiciado por tentativa de homicídio, violência psicológica, dano e incêndio. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram Marcello chegando ao local às 3h58 do último sábado (8), pegando uma mala na portaria e subindo ao apartamento. Às 4h10, ele saiu do prédio, e, oito minutos depois, fumaça começou a sair do imóvel. 

Em entrevista antes da decretação da prisão, Marcello negou envolvimento. "Eu sou inocente, não tenho nada a ver com o que aconteceu. Se eu quisesse impedir a viagem de Mariana, bastava cancelar a passagem que comprei para ela", argumentou. 

Mariana, no entanto, reforça que o incêndio foi criminoso e motivado pelo término do relacionamento. 

Denúncia a violência doméstica 

Se presenciar ou sofrer qualquer tipo de agressão, denúncia. Ligue para 190 ou para a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. O Disque 100 também recebe denúncias de transparência aos direitos humanos.

Com agências.