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Caso Malaquias: Quatro réus são condenados pela morte do empresário; penas acumuladas superam 74 anos
Júri popular em Maceió condena envolvidos em crime de mando, enquanto investigações revelam trama para levar o assassinato a um policial falecido

Após dois dias de júri popular, quatro homens foram condenados nesta terça-feira (18) pelo envolvimento na morte do empresário Kleber Malaquias, assassinato ocorrido em 15 de julho de 2020, na cidade de Rio Largo. O júri, realizado no Fórum do Barro Duro em Maceió e presidido pelo juiz Eduardo Nobre, foi conduzido pelos promotores de Justiça Lídia Malta e Thiago Riff.
As condenações foram as seguintes:
Edinaldo Estevão de Lima: condenado a 8 anos de reclusão em regime semiaberto, mas, diante da inexistência desse regime em Alagoas, foi autorizado a responder em liberdade.
José Mário de Lima Silva: condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado, com a determinação de cumprir, posteriormente, 8 anos, 4 meses e 1 dia em regime semiaberto. Também, por questões de estrutura do sistema prisional estadual, foi autorizado que responda em liberdade.
Fredson José dos Santos: condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado.
Marcelo José Souza da Silva: condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado.
Além das penas, o juiz determinou a perda da carga militar para José Mário de Lima Silva e Marcelo José Souza da Silva. As condenações totalizam mais de 74 anos de pena combinada.
O crime, classificado como homicídio duplamente qualificado – por impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido cometido através de promessa de recompensa – ocorreu no bar da Buchada, na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, durante o aniversário de Kleber Malaquias. Conhecido por suas denúncias contra políticos e por fornecer informações à polícia e ao Ministério Público de Alagoas, Malaquias foi assassinado com dois tiros.
Devido ao contexto político do crime, que envolveu a participação de policiais e caracterizou um "crime de mando", o júri foi desaforado e transferido para Maceió, distante do local dos fatos em Rio Largo, por razões de segurança. O julgamento, originalmente marcado para 17 de julho do ano passado, foi redesenhado após a descoberta de uma fraude processual. As investigações conduzidas pelo Ministério Público, em cooperação com a Polícia Federal, revelaram que uma autoridade policial e um agente da Polícia Civil, juntamente com os denunciados e uma testemunha, inseriram provas falsas no processo, atribuindo a execução do crime a um policial já falecido.
Em depoimento, o promotor Thiago Riff afirmou: "Foi um julgamento árduo, dois dias completos. Agora finalizamos o segundo dia cansados, mas com esse deveria realmente de rompimento, dever cumprido. Podemos discordar de algumas situações, de algumas penas. Mas, em termos gerais, foi um julgamento muito positivo."
As investigações continuam para identificar o autor intelectual do homicídio.
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