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Fraude no INSS

Nome de Lulinha surge em investigações do INSS

Menções aparecem em apurações sobre relações pessoais ligadas ao chamado “Careca do INSS”

Por Redação com agências 22/12/2025 13h01
Nome de Lulinha surge em investigações do INSS

O nome de Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha e filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passou a ser citado de forma indireta nas investigações que apuram fraudes bilionárias no INSS. As referências apareceram em relatórios da Polícia Federal a partir da análise do entorno pessoal e profissional de Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, apontado como personagem central do esquema.

Segundo a Polícia Federal, Lulinha não é alvo da investigação e, até o momento, não há documentos ou provas conclusivas que indiquem sua participação nas irregularidades. O nome dele surge em razão da relação de amizade com a empresária Roberta Luchsinger, que aparece vinculada a empresas e transações sob apuração. 

Apesar da ausência de investigação formal, o assunto ganhou contornos políticos dentro da CPMI do INSS, criada para investigar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Parlamentares da oposição acusam a base governista de impedir o avanço de apurações que envolvam o filho do presidente, especialmente após relatos sobre uma possível viagem a Portugal que teria sido realizada por Lulinha ao lado de Antunes.

A Operação Sem Desconto, em nova fase, investiga cinco repasses de R$ 300 mil feitos por Antunes a uma empresa ligada a Roberta Luchsinger. Em mensagens analisadas pela PF, o empresário menciona que o dinheiro seria destinado a “o filho do rapaz”, sem indicar nomes. Em outro diálogo, a empresária faz referência a episódios antigos envolvendo “Fábio” e cita comparações com casos anteriores, mas as autoridades ainda não confirmaram a quem a mensagem se refere.

Lulinha já foi citado em outras controvérsias no passado. Em 2015, ele acionou a Justiça contra políticos que associaram seu nome, sem provas, à Friboi, empresa do grupo J&F. Na ocasião, ele não foi investigado, e seu nome completo sequer constou na decisão judicial.

No início de dezembro, a CPMI tentou convocar Fábio Luís da Silva para prestar esclarecimentos, mas o requerimento foi barrado por deputados governistas. Após os novos desdobramentos da operação, parlamentares do partido Novo apresentaram outro pedido de convocação.

Depoimento prestado à Polícia Federal pelo ex-assessor de Antunes, Edson Claro, aponta que Lulinha e o “Careca do INSS” teriam feito viagens juntos a Portugal, incluindo um voo em classe executiva ou primeira classe entre Guarulhos e Lisboa, em novembro de 2024. As informações seguem sob apuração.

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