O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou, nesta quarta-feira (24), a sede da Polícia Federal, em Brasília, onde está custodiado, e foi transferido para o Hospital DF Star, onde será internado para realizar uma cirurgia de hérnia na quinta-feira (25).

Aos 70 anos, Bolsonaro foi admitido na unidade hospitalar pela manhã para dar início aos procedimentos pré-operatórios. A cirurgia eletiva será para correção de hérnia inguinal bilateral, condição que afeta os dois lados da região da virilha.

O ex-presidente está acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro solicitaram autorização para acompanhar o pai durante o procedimento, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes. Eventuais visitas dependerão de autorização prévia.

Na decisão que permitiu a cirurgia, Moraes determinou um protocolo rigoroso de segurança, incluindo transferência discreta, com desembarque pelas garagens do hospital, além da permanência de Bolsonaro em uma área isolada dos demais pacientes.

O ministro também estabeleceu que a Polícia Federal mantenha vigilância integral, com segurança 24 horas por dia e, no mínimo, dois agentes posicionados na porta do quarto, além de equipes internas e externas conforme a necessidade. Está proibida a entrada de celulares e computadores no quarto, exceto equipamentos médicos.

Durante a internação, Bolsonaro passará por exames para avaliação do risco cirúrgico, como análises de sangue e monitoramento cardíaco. A defesa informou que o período de internação após o procedimento deve variar entre cinco e sete dias.

Há cerca de uma semana, Bolsonaro foi submetido a uma perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que diagnosticou hérnia inguinal bilateral e indicou a necessidade de intervenção cirúrgica. A condição pode provocar dor, inchaço ou desconforto, especialmente durante esforços físicos, embora em alguns casos seja assintomática.