Alagoas
"Gêmeos da Rifa” voltam a usar perfis em que faziam sorteios ilegais
Justiça acatou pedido feito pelo advogado dos irmãos e relaxou a medida cautelar que proibia publicações
Conhecidos como “Gêmeos da Rifa”, os irmãos Allef e Adamy Lino de Almeida estão de volta ao Instagram. Em novembro de 2022, eles foram presos em Arapiraca, com outras duas pessoas, sob acusação de promover sorteios semanais de rifas ilegais e sonegar de impostos. Publicada ontem (10), a decisão da Justiça de Alagoas, atende ao pedido do advogado da dupla e derruba a medida cautelar, que os proibia de acessar os perfis utilizados como meio para sortear os objetos sob investigação policial
No pedido de relaxamento da medida cautelar, a defesa atestou que as redes sociais dos dois investigados eram usadas não só para os sorteios, que são objetos de investigação, mas também para divulgação de marcas e pessoas nos perfis cadastrados na plataforma, como prestação de serviços de publicidade.
Os irmãos utilizaram suas contas no Instagram para falar sobre a liberação da justiça e agradecer o apoio dos seguidores no últimos dois meses. Porém, muitos “clientes” das rifas aproveitaram a postagem para questionar se o valor pago no sorteio que não aconteceu devido a ação policial seria reembolsado. “Boa... mais .. e quem comprou e ficou sem resultado?.. 20 reais de um e de outros faz milhões pra vcs .. vão reembolsar?”, perguntou uma das arrobas.
Apesar da liberação da justiça, Allef, que tem 1,2 milhão de seguidores no Instagram, e Adamy, que tem 604 mil seguidores na mesma plataforma, seguem proibidos de realizar rifas ou sorteios. "De fato, percebe-se que a utilização de tais perfis, em situação que não envolva o recebimento de valores de terceiros, fato que culminou com a investigação, teria o condão de garantir a continuidade da atividade empresarial dos acusados sem macular a ordem pública. Logo, deferimos o pedido formulado pela defesa e autorizamos a utilização dos perfis para fins específicos de publicidade e propaganda, vedando-se a realização de sorteios, ainda que em caráter gratuito", afirmou a decisão.
CASO – Em novembro, os “Gêmeos da Rifa” e outras duas pessoas foram presas. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos 23 carros, um caminhão, 26 motos, quatro armas de fogo e mais de R$ 120 mil em espécie. Além disso, mais de R$ 65 milhões também foram bloqueados de contas bancárias de empresas e de pessoas físicas. O esquema funcionava há cerca de um ano.
De acordo com o delegado, os criminosos responsáveis pelas rifas eram muito articulados e faziam esses sorteios há mais de um ano na região. "Adquiriam veículo, davam uma repaginada, rebaixavam a suspensão e colocavam rodas de grande tamanho para chamar atenção do público, e sorteavam", detalhou.
A cada veículo eram vendidas uma média de 100 mil rifas no valor de R$ 10. "Para uma Picape de R$ 300/350 mil eram vendidos 100 mil rifas de R$10, uma margem de lucro de R$ 650 mil a R$ 700 mil por veículo", acrescentou.
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