O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) ressalta a relevância do período de defeso do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) como medida essencial para a preservação da espécie nos mangues alagoanos. O período de restrição à captura e comercialização teve início na sexta-feira (12) e se estenderá até esta quarta-feira (17), repetindo-se em fevereiro (10 a 15) e março (11 a 16).

Segundo a portaria da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, essas datas coincidem com os períodos de lua cheia, marcando o acasalamento do caranguejo, conhecido como "andada". Durante esse período, o crustáceo sai de sua toca, tornando-se mais vulnerável.

A medida visa preservar a reprodução da espécie e conciliar as atividades pesqueiras com a conservação dos manguezais, promovendo o equilíbrio nas cadeias alimentares. Lucas Augusto, assessor Ambiental de Fauna e Flora do IMA, destaca os riscos do aumento do consumo do caranguejo-uçá, contribuindo para a redução de sua população e sua classificação como "quase ameaçada" de extinção no Brasil. Ele enfatiza a importância da conservação para as gerações futuras e a necessidade de um manejo sustentável das atividades econômicas relacionadas à culinária.

Em casos de estocagem do animal, os responsáveis devem fazer uma declaração até um dia antes do defeso, acessando o link: l1nk.dev/Declaracaocaranguejo, e preenchendo o formulário nas superintendências federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Além de Alagoas, outros estados como Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia também estão empenhados na preservação do caranguejo-uçá.

O texto destaca ainda que outras espécies, como lagostas e camarões, também passam por períodos de defeso, e em caso de descumprimento das portarias, a denúncia pode ser realizada por meio do aplicativo IMA Denuncie, Ibama e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA/AL).