No primeiro trimestre deste ano, Alagoas registrou 167 mortes devido à violência no trânsito, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). Em resposta, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está utilizando a Campanha Maio Amarelo para conscientizar condutores e pedestres sobre a importância de respeitar as normas de trânsito e prevenir acidentes.

Os acidentes de trânsito impactam negativamente o sistema de saúde, aumentando a demanda nas unidades hospitalares e os custos de tratamento. Além disso, eles deixam vítimas com sequelas graves e causam centenas de mortes anualmente, muitas das quais poderiam ser evitadas. Por isso, a conscientização sobre a segurança no trânsito é fundamental para proteger pedestres, ciclistas, motoristas e motociclistas.

Rita Murta, gerente de Vigilância e Controle de Doenças não Transmissíveis da Sesau, destacou o papel da secretaria na busca por um trânsito mais seguro. "As unidades de saúde recebem as vítimas com lesões e, por isso, a violência no trânsito tem total relação com a Sesau. Precisamos sensibilizar a população sobre a necessidade de adotar medidas focadas na prevenção de acidentes”, afirmou.

Durante a Campanha Maio Amarelo, a Sesau está realizando ações em parceria com outros órgãos, como o Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL). Técnicos da secretaria participam de palestras educativas e orientam condutores e pedestres sobre práticas seguras no trânsito.

Os dados do Ministério da Saúde apontam um aumento de 10,59% nos óbitos relacionados ao trânsito entre janeiro e março de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, houve 167 mortes decorrentes de sinistros de trânsito, enquanto nos três primeiros meses de 2023 foram contabilizadas 151 mortes.

Em todo o ano passado, Alagoas registrou 580 mortes por acidentes de trânsito, sendo que 488 vítimas (84,14%) eram homens. A faixa etária mais afetada foi de 20 a 39 anos, com 47% dos registros. Além disso, 232 pessoas morreram antes da chegada do resgate, enquanto outras 253 chegaram a ser resgatadas com vida para hospitais, mas não resistiram aos ferimentos. Entre os óbitos registrados no trânsito, 59,3% foram de motociclistas.

As causas dos acidentes de trânsito são variadas, mas os principais fatores de risco incluem excesso de velocidade, uso de aparelhos eletrônicos durante a condução e falta de atenção. O consumo de bebidas alcoólicas e a falta de itens de segurança obrigatórios, como capacetes, cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças e recém-nascidos, também contribuem para os sinistros.