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Suzane von Richthofen engana clientes e falsifica atividade empresarial
Ex-presidiária, conhecida pelo crime brutal contra os pais, é desmascarada ao terceirizar produção de seu ateliê de costura 'Su Entrelinhas' durante gestação.
Em 2006, Suzane von Richthofen chocou o Brasil ao ser condenada a quase 40 anos de prisão por planejar o assassinato de seus próprios pais, Manfred e Marísia. Ano passado, após cumprir metade de sua sentença, a ex-detenta foi libertada para cumprir o restante da pena em liberdade, iniciando um novo capítulo de sua vida como microempresária. No entanto, uma reviravolta recente escancarou um escândalo que colocou em xeque a reputação de Suzane.
De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), é requisito manter um emprego fixo para permanecer no regime aberto. Para atender a essa exigência, Suzane abriu um ateliê de costura em Angatuba, São Paulo, chamado "Su Entrelinhas". O empreendimento, que inicialmente parecia legítimo, revelou-se uma farsa quando seus clientes descobriram que a ex-presidiária não estava mais envolvida na produção dos produtos.
Suzane, que angariou mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, especialmente no Instagram, ao longo de um ano, utilizou sua influência para promover sua marca. Clientes, iludidos pela suposta autenticidade, chegaram a pedir autógrafos nos pacotes dos produtos. No entanto, a verdade veio à tona quando a gerente financeira Pamela Siqueira, de São Paulo, recebeu uma encomenda que evidenciava uma localização suspeita.
Ao adquirir um par de sandálias customizadas da "Su Entrelinhas", Pamela notou que o produto foi despachado de Angatuba, enquanto Suzane estava residindo em Bragança Paulista, a 270 quilômetros de distância. Indignada, a cliente expôs o engodo nas redes sociais, revelando que Suzane não estava mais envolvida na produção dos itens comercializados em sua loja.
As revelações também incluem a participação da ex-cunhada de Suzane, Josiely Olberg, responsável por coordenar uma equipe de costureiras que assumiu a fabricação dos produtos. Suzane, que está grávida e entrando no sétimo mês de gestação, tentou manter as aparências postando vídeos e imagens antigas nas redes sociais, mas as suspeitas dos clientes se intensificaram desde agosto do ano passado.
As críticas aumentaram quando o enfermeiro Diogo Castro, inicialmente entusiasmado com os produtos da "Su Entrelinhas", descobriu que a atenção personalizada prometida por Suzane estava condicionada a novas compras. Indignado, Diogo desfez os elogios e denunciou a loja como uma fraude.
*O Globo
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