O Google anunciou, nesta quarta-feira (23), que não permitirá anúncios políticos durante as eleições municipais de outubro. A decisão foi tomada em resposta à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em fevereiro, que impõe restrições ao uso de inteligência artificial e estabelece medidas para combater a propagação de desinformação e discurso de ódio nas redes sociais.

A empresa informou que a restrição aos anúncios políticos será implementada a partir de maio, quando as resoluções do TSE entram em vigor. O Google declarou seu compromisso com a integridade das eleições e afirmou que continuará dialogando com autoridades sobre o assunto.

"Vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país", afirmou a empresa. "Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto."

Segundo as regras do TSE, as redes sociais devem tomar medidas para impedir ou reduzir a circulação de informações falsas ou descontextualizadas. Plataformas que não removerem conteúdos antidemocráticos ou com discursos de ódio, como falas racistas, homofóbicas ou nazistas, poderão ser responsabilizadas.

A resolução também regulamenta o uso de inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro, proibindo manipulações de conteúdo falso que possam prejudicar ou favorecer candidaturas. A restrição ao uso de chatbots e avatares para intermediar a comunicação entre campanhas e eleitores também foi aprovada.

O objetivo do TSE é evitar a circulação de montagens de imagens e vozes criadas por aplicativos de inteligência artificial, que possam manipular declarações falsas de candidatos e autoridades envolvidas com as eleições.