Os policiais militares Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena e Gabriel Julião Florido foram absolvidos pelo assassinato do jovem Eduardo Felipe Santos Victor, ocorrido em 2015. Na

época com 17 anos, Eduardo foi atingido por disparos na Ladeira do Barroso, no Morro da Providência, região central do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou os três policiais por homicídio.

No que diz respeito à acusação de fraude processual, por suposta alteração da cena do crime, o juiz Daniel Cotta, do Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital, determinou a suspensão do processo por dois anos. Durante esse período, os réus deverão cumprir medidas como comparecer ao juízo a cada bimestre. Após esse prazo, a ação será extinta.

O réu Eder Siqueira, também acusado de fraude processual, teve o processo suspenso e cumpriu a obrigação de comparecer ao cartório judicial por dois anos. O acusado Riquelmo de Paula Geraldo faleceu.

Entenda o caso

Em setembro de 2015, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência cercando o jovem Eduardo Victor, que estava caído no chão, ferido e rodeado por uma poça de sangue. Um morador gravou o vídeo com um telefone celular.

Nas imagens, um dos policiais dispara para o alto e, em seguida, outro agente coloca uma arma na mão do jovem e dispara mais dois tiros para o alto. A morte de Eduardo desencadeou protestos de moradores da Providência.

Rio de Janeiro lidera estatísticas de letalidade policial

De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2023, a polícia do Rio de Janeiro é a que mais mata no país. Os dados revelam que as mortes violentas causadas pela corporação são sete vezes maiores do que as decorrentes de intervenções de policiais em serviço. Em termos absolutos, foram registradas 47,4 mil mortes violentas, enquanto as decorrentes de intervenções em serviço somaram 6,4 mil.