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Clima

Especialistas alertam para aumento de fenômenos climáticos extremos

El Niño e La Niña devem ocorrer com maior frequência e intensidade na América do Sul.

Por Redação com Agência Reuters 26/04/2024 15h03
Especialistas alertam para aumento de fenômenos climáticos extremos
Foto: Sebastian Castaneda / Reuters

Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña, que provocam ondas de calor, frio, chuva ou seca, deverão se tornar mais frequentes e extremos nos próximos anos, após a América do Sul ter experimentado um dos El Niños mais intensos em décadas. A avaliação foi feita por especialistas em clima nesta quinta-feira (25).

O Centro Internacional de Pesquisa sobre o Fenômeno El Niño (CIIFEN), com sede no Equador, e a agência peruana de meteorologia e hidrologia SENAMHI informaram que o recente El Niño esteve entre os cinco mais fortes desde 1950.

"O padrão mudou significativamente", afirmou Yolanda Gonzalez Hernandez, diretora do CIIFEN, em entrevista coletiva após uma reunião de especialistas sobre o clima em Lima. "Onde antes não havia impacto significativo do fenômeno El Niño, agora eles ocorrem com mais intensidade."

Gonzalez destacou que as mudanças de temperatura entre um fenômeno e outro serão mais rápidas, com uma La Niña prevista para o segundo semestre deste ano, sucedendo o enfraquecimento do atual El Niño.

El Niño e La Niña impactam diferentes partes do mundo de maneira distinta. Na América Latina, afetaram culturas como trigo, soja e milho, prejudicando as economias regionais, frequentemente dependentes da agricultura.

"Estamos constantemente batendo recordes locais, nacionais e globais de anomalias de temperatura", disse Gonzalez.

Espera-se que as temperaturas estejam acima do normal em grande parte da América do Sul, enquanto regiões costeiras do Equador, norte do Peru e áreas do sul da Argentina e do Chile devem registrar temperaturas abaixo da média.

Com o recente El Niño, o Peru teve o inverno mais quente em 60 anos, segundo o CIIFEN, enquanto a Colômbia enfrentou temperaturas recordes em várias partes do país.

Argentina e Chile registraram aumento nas chuvas, beneficiando a produção de soja e milho após a seca do ano anterior.

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