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Polícia Federal destrói ponte clandestina em terra indígena no Pará

Ação conjunta visa impedir retorno de exploradores ilegais na TI Apyterewa.

Por Redação com Agência Brasil 28/04/2024 11h11
Polícia Federal destrói ponte clandestina em terra indígena no Pará
Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) destruiu uma ponte clandestina usada por invasores na Terra Indígena (TI) de Apyterewa, localizada no município de São Félix do Xingu, no Pará. A operação foi realizada em parceria com a Força Nacional e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como parte da operação de desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, com o objetivo de evitar a volta de exploradores ilegais que atuavam no garimpo, desmatamento e criação de gado na região.

Segundo a PF, a ponte foi destruída em duas etapas: uma explosão ocorreu na quinta-feira (25) e outra nesta sexta-feira (26). "A estrutura tinha 61 metros de comprimento e 4,6 metros de largura, sustentada por oito pilares de concreto. A ponte, conhecida como Bucha do Natanael, servia como principal acesso à Terra Indígena", informou a PF.

De acordo com o Centro de Monitoramento Remoto da Funai, a região da TI Apyterewa foi a área mais desmatada da floresta amazônica entre 2019 e 2022. As disputas territoriais na região remontam à década de 1980, quando os primeiros invasores se instalaram na terra indígena.

Em 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a retirada de invasores, gado e destruição das pistas de pouso. Ele também ordenou a inutilização de estruturas de fazenda na região.

"O povo Parakanã, que ocupa 22 aldeias pela Terra Indígena, convivia com o barulho das serras, rejeitos de mineração no Rio Xingu e caminhões transportando toras de madeira, além da exploração de gado, tudo feito ilegalmente", disse a PF.

Em março, Barroso determinou que o governo federal regulamente o poder de polícia a servidores da Fundação dos Povos Indígenas (Funai). A decisão, com data do dia 5 de março, deverá ser cumprida em até 180 dias.

A ordem foi proferida no âmbito de uma ação que tramita no Supremo desde 2021, envolvendo o plano de desintrusão de terras indígenas. Barroso acompanha as operações de retirada de garimpeiros e de proteção aos indígenas.

A regulamentação deverá definir quais servidores poderão usar armas e quais atuarão como fiscais de infrações.

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