Articulador político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Congresso, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse em entrevista à Globo News que até o momento, as informações que ligam Daniela do Waguinho (União Brasil) ao ex-PM Juracy Alves Prudêncio, condenado por homicídio e suspeito de comandar uma milícia na Baixada Fluminense, não prejudicam sua indicação ao cargo.

“Tudo do que aconteceu até agora não desabona em nada a grande deputada que a Daniela do Waguinho, deputada mais votada do Rio, que em sua fase inicial deu demonstração de grande vontade de fazer pelo Brasil e o Estado do Rio de Janeiro. Acredito que ela vai ter grande trabalho como ministra do Turismo”, disse o ministro em entrevista à emissora.

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi cabo eleitoral do ex-PM Juray Alves Prudêncio, conhecido como Jura. Ele é um miliciano condenado a 22 anos por homicídio. O grupo político da ministra — filiada ao União Brasil — mantém vínculo com a família do ex-PM desde 2018.

Na época, Jura estava preso em regime semiaberto e conseguiu autorização da Justiça para trabalhar fora da cadeia. Ele ganhou o cargo de diretor do Departamento de Ordem Urbana na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho. Porém, a autorização foi suspensa em janeiro de 2020, depois de possíveis irregularidades na atuação do ex-PM na prefeitura.

O Ministério Público do Rio de Janeiro revelou que Djelany Machado, irmã da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), recebeu um carro da marca Corolla de presente de um empresário que venceu uma licitação suspeita, em Belford Roxo, no Rio de Janeiro.

A denúncia, de 2018, revela que Djelany Mote de Souza Alves Machado, que atua na Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Mulher, recebeu o presente de um sócio oculto da Master Rio Construções, segundo informações do site Metrópoles.