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INVESTIGAÇÃO

Ex-estagiário de Fórum de Quixadá é denunciado por suspeita de passar informação a traficantes

Por Redação com site 28/02/2024 18h06
Ex-estagiário de Fórum de Quixadá é denunciado por suspeita de passar informação a traficantes

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou, nesta segunda-feira (26), um ex-estagiário do Fórum de Quixadá, no Interior do Ceará, pelos crimes de violação de sigilo funcional e associação para o tráfico. O homem foi identificado sendo Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro, que estagiava na 1ª Vara Criminal de Quixadá.

No dia 20 de fevereiro deste ano, ele foi preso preventivamente após pedido do MPCE.

A suspeita é de que o homem tenha fornecido informações processuais a um acusado de integrar o tráfico de drogas no Sertão Central do Estado.


Na denúncia, o promotor de Justiça Bruno de Albuquerque Barreto ainda pediu a manutenção da prisão preventiva do suspeito.

A 8ª Promotoria de Justiça de Quixadá denunciou Caio Rodrigo por associação para o tráfico e não por colaboração. Na avaliação do MPCE, a atuação do ex-estagiário não era esporádica, já que “exercia com habitualidade a função de informante da associação criminosa ligada à traficância de entorpecentes”.

Conforme informações do MPCE, os crimes teriam sido realizados em fevereiro de 2023, pelo WhatsApp. As investigações chegaram ao suspeito após a realização da Operação Taciturno – Fim dos Tempos, deflagrada em Banabuiú.

À época, foram apreendidos celulares de pessoas supostamente envolvidas com o tráfico de drogas no Sertão Central. A análise dos dados revelou que Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro repassava informações sigilosas sobre processos judiciais, favorecendo-se do acesso aos sistemas.

Ainda conforme as investigações, o indiciado enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados. O material, que incluia fotos de boletins de ocorrência e termos de depoimento, foi passado a um suspeito de fazer parte do tráfico na região.

Além disso, o ex-estagiário mantinha relacionamento íntimo com fornecedores de drogas, tratava sobre compra e venda de drogas nas conversas de WhatsApp e sinalizava que estava planejando cultivar plantas alucinógenas.

*Diário do Nordeste 


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