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Manifestação do Ministério Público

Justiça mantém prisão de mãe acusada de matar recém-nascida em Novo Lino

Por Redação 17/12/2025 14h02
Justiça mantém prisão de mãe acusada de matar recém-nascida em Novo Lino

Alagoas acompanhou com atenção o resultado da primeira audiência de instrução do caso Ana Beatriz, a recém-nascida morta pela própria mãe em Novo Lino. O juiz decidiu manter a prisão da acusada após manifestação do Ministério Público de Alagoas, que reafirmou o pedido de custódia preventiva.

Durante a audiência, a defesa solicitou a instauração de um incidente de sanidade mental, pedido que foi aceito pela Justiça. A mulher será submetida a exame para avaliação psicológica e psiquiátrica. Após a conclusão do procedimento, o Ministério Público apresentará as alegações finais do processo.

Segundo a promotora de Justiça Francisca Paula, o MP seguirá pedindo a condenação da ré pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. Ela explicou que, apesar do pedido da defesa pela liberdade da acusada, o Ministério Público se posicionou pela manutenção da prisão, entendimento acolhido pelo magistrado.

O exame de sanidade mental está previsto no Código de Processo Penal e tem como objetivo avaliar se a acusada tinha capacidade de compreender o caráter criminoso de seus atos à época dos fatos. O resultado pode influenciar diretamente na manutenção da prisão ou na eventual aplicação de medida de segurança, como internação para tratamento.

O crime ocorreu em abril deste ano e teve repercussão nacional após a mãe da criança simular um sequestro. À polícia, ela afirmou inicialmente que homens armados teriam levado a bebê, de apenas 15 dias de vida. A falsa denúncia provocou uma grande mobilização das forças de segurança e levou, inclusive, à prisão equivocada de um homem em Pernambuco, cujo veículo era semelhante ao descrito pela acusada.

O pai da criança, que trabalhava em São Paulo, deixou o emprego para acompanhar as investigações e chegou a acreditar na versão apresentada pela companheira. No entanto, após sucessivas contradições nos depoimentos, a polícia passou a desconfiar da narrativa. Confrontada, a mulher confessou ter asfixiado a filha com um travesseiro.

O corpo da recém-nascida foi encontrado dentro de um saco plástico, escondido em um pote de sabão em pó, guardado em um armário no quintal da residência.

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