Morreu na noite desta quarta-feira (24) Tainara Souza Santos, de 31 anos, vítima de um atropelamento ocorrido no fim de novembro na Marginal Tietê, em São Paulo. A jovem estava internada no Hospital das Clínicas (HC) desde o dia 29, quando foi atingida e arrastada por um ex-ficante. A informação foi confirmada por familiares e pela equipe jurídica que acompanha o caso.

Segundo a família, Tainara passou por uma nova cirurgia na segunda-feira (22), quando precisou realizar outra amputação na região da coxa como parte do processo de reconstrução dos glúteos. Ela também havia sido submetida a uma traqueostomia e a procedimentos de reparação. No entanto, o quadro clínico se agravou após a intervenção cirúrgica.

Por volta do início da tarde desta quarta, parentes foram chamados novamente ao hospital para se despedirem. Tainara morreu por volta das 19h, na véspera do Natal.

Em nota, o escritório de advocacia que representa a família informou que a jovem não resistiu às consequências da violência sofrida e pediu respeito ao momento de luto. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.

Tainara deixa dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de 7. O suspeito do crime, de 26 anos, está preso desde o dia 30 de novembro. O caso era inicialmente tratado como tentativa de feminicídio e deve ser reavaliado pelas autoridades após a morte da vítima.

O CASO

O ataque ocorreu na manhã de 29 de novembro, após Tainara sair de um bar no bairro Parque Novo Mundo, na Zona Norte da capital paulista. Houve uma discussão envolvendo o agressor, a vítima e outras pessoas. Em seguida, o homem entrou em um carro e avançou contra Tainara, que acabou sendo arrastada por várias vias da região da Marginal Tietê.

A jovem ficou 25 dias internada, passando inicialmente pelo Hospital Municipal Vereador José Storopolli antes de ser transferida para o HC. Durante o período, foi submetida a três cirurgias, chegou a sair do coma induzido e foi extubada, mas não resistiu às complicações posteriores.

O suspeito foi detido após o crime e, segundo a polícia, ainda tentou reagir no momento da prisão. O caso segue sob investigação.