Alagoas
Mulher é morta a facadas pelo marido no bairro Antares, em Maceió
Maria Aparecida Bezerra, de 54 anos, era advogada; OAB/AL divulga notaomédico
*Atualizada às 18h25
Alagoas registrou mais um caso de feminicídio. Nesta quinta-feira (21), a advogada Maria Aparecida Bezerra, de 54 anos, foi morta com golpes de faca pelo companheiro Alisson Bezerra, de 44 anos. O crime aconteceu no bairro Antares, na parte alta de Maceió.
Segundo informações confirmadas pelo comando do 5º Batalhão da Polícia Militar, a vítima já havia trabalhado como policial militar, mas tinha pedido baixa para se dedicar à advocacia. O homem estaria em profunda depressão e ela tentava levá-lo, hoje, para tratamento.
Houve discussão e o homem terminou matando-a com golpes de faca. Em meio ao crime, ele ligou para uma tia, que foi ao local e encontrou o sobrinho ao lado do corpo de Maria Aparecida. Logo em seguida, Alisson desferiu, com duas facas peixeiras, ferimentos no tórax e no pescoço.
O homem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE).Ele foi submetido a procedimento cirúrgico devido ao golpe que desferiu na região do pescoço. Quanto ao ferimento no tórax, após a realização de tomografia computadorizada, a equipe médica não observou gravidade. Seu estado de saúde é considerado estável.
NOTA OFICIAL
A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) recebe, com total indignação, a notícia da morte da advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, vítima de feminicídio, nesta quinta-feira (21), no bairro de Antares, em Maceió.
A entidade vem a público repudiar veementemente TODA forma de violência, especialmente quando motivada por questões de gênero. A OAB/AL seguirá firme em sua missão de garantir os direitos fundamentais a todos os cidadãos e cidadãs.
Vale ressaltar que este é o terceiro caso de feminicídio em apenas uma semana em Alagoas. O dado é alarmante, pois demonstra o grau de vulnerabilidade ao qual as mulheres estão expostas. É preciso dar um basta neste tipo de violência.
Por meio da Comissão Especial da Mulher e da Comissão da Mulher Advogada, a Ordem vai acompanhar as investigações e seguirá firme na defesa intransigente das vítimas de violência em razão de gênero.
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