Alagoas

POLÍTICA

Rodrigo Cunha afirma não ter conversado com JHC sobre sair como vice-prefeito

Senador acusa Renan Calheiros de oportunismo em caso dos bairros afetados pelo afundamento do solo

Por Redação com assessoria 20/06/2023 14h02
Rodrigo Cunha afirma não ter conversado com JHC sobre sair como vice-prefeito

Durante entrevista ao vivo para o Canhão Podcast, o Senador Rodrigo Cunha (Podemos) respondeu sobre a possibilidade de sair como vice-prefeito na chapa de JHC (PL) e fez duras críticas ao grupo político comandado pelo senador Renan Calheiros e por Marcelo Victor, além do governador Paulos Dantas, todos do MDB.

Ao falar de articulação política, Cunha diz ter boa relação com o prefeito JHC, mas que não é momento de falar de aliança, mas de projetos para o povo. Para ele, Alagoas vive um clima eterno de campanha eleitoral, onde tudo prevê acordos e parcerias para a próxima eleição.

Ao longo do bate-papo, os internautas enviaram algumas perguntas, e uma delas foi se ele seria o vice-prefeito de JHC na próxima eleição. “Não houve ainda esta conversa, por isso ainda não avaliei. Eu faço parte de um time, no qual o JHC é um parceiro, mas que também tem pessoas que me colocaram onde estou hoje”, ressalta.

Ao avaliar a política alagoana, ele diz ser odiado por muitas pessoas por não compactuar com trocas de favores que levam à corrupção e que muitas vezes durante a campanha, se deparou com algumas pessoas querendo aplicar a famosa "facada".

Embates políticos da última eleição

Para Rodrigo Cunha, na última eleição houve muitos casos comprovados de corrupção, onde o governador Paulo Dantas e o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, estiveram envolvidos em desvio de verbas e compras de votos. “Se a justiça tivesse prevalecido, como se mostrou em alguns momentos, através de uma ação do Ministério Público e apuração da Polícia Federal e julgamento de 10 Ministros do STJ, que analisaram o fato concreto para definir a eleição e demonstram que Paulo Dantas desviou mais de 54 milhões, com compras de apartamentos e mansões no curto intervalo de tempo”, conclui.

Um dos assuntos abordados pelo Canhão Podcast, foi se a indefinição do senador para escolha de um lado em uma eleição bastante polarizada o atrapalhou na corrida ao governo. “Eu não quis me posicionar porque não me identifiquei com nenhum dos lados”, responde.

Outro ponto citado por ele, que pesou para não apoiar Bolsonaro na reeleição, foi pelo fato do ex-presidente ter votado para absolver Talvane Albuquerque, onde segundo investigações foi acusado de ser o mandante do assassinato de seus pais.

Caso Braskem

O senador também falou sobre a situação dos bairros de Maceió afetados pelo afundamento do solo e criticou a postura do senador Renan Calheiros, que segundo ele, cresceu os olhos por causa do dinheiro da Braskem.

“Agora está aparecendo um ator vestido de senador querendo mostrar que Alagoas agora tem um problema. Não é agora, é há cinco, seis anos que acontece. Mas o interesse é porque chegou a hora da negociação, mas não é das pessoas que perderam suas casas, porque já passou, mas do dinheiro que entrará para o Estado”, expõe Rodrigo.

De Frente com o Canhão

Além de mirar o canhão para alguns dos seus adversários políticos já declarados, como Fernando Collor, Renan Calheiros, Renan Filho, Marcelo Victor e Paulo Dantas, o senador Rodrigo Cunha não poupou críticas ao secretário de Prevenção a Violência de Alagoas, Kelmann Vieira, por deixar a desejar seu trabalho à frente da secretaria e por ter se desligado do Podemos com sua chegada como presidente do partido.

“Vamos pedir esclarecimentos, vamos anular atos ilegítimos e caminhar. O TRE será o primeiro passo para buscar o que a legislação determina. Se tudo foi feito dentro da lei, permanece como está, mas se não foi, vão ter consequências”, declara.

Assista o episódio completo acessando o link

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