Alagoas tem se mostrado um campo fértil para o empreendedorismo nas mais diversas áreas e o Prêmio Sebrae de Jornalismo chegou à sua 10ª Edição valorizando o trabalho dos jornalistas alagoanos que reconhecem, impulsionam e colocam em evidência os pequenos negócios que movimentam a economia local, gerando empregos e renda para milhares de famílias. Os vencedores foram anunciados pelos anfitriões da noite, Camila Cavalcanti, empresária, e Emerson Ramos, o Braia do Sertão.

Os nomes dos profissionais e os trabalhos escolhidos pelo júri formado pelos jornalistas Luana Lamenha, Chico Fireman e Naara Normande foram divulgados durante a festa de premiação neste sábado (2), no espaço Casa Blanca, no Jaraguá. Os trabalhos foram divididos nas categorias Texto, Áudio, Fotografia e Vídeo, com premiação para o 1º lugar (R$ 5 mil) e 2º lugar (R$ 3 mil).

Gestora estadual do prêmio, a analista de Marketing e Comunicação do Sebrae Alagoas, Myrna Pessoa, destaca que este foi um ano de intensa transformação no pós-pandemia, onde muitos profissionais, inclusive os jornalistas, precisaram se reinventar. “Celebrar esses 10 anos é também refletir a transformação do ambiente do empreendedorismo e resgatar quem nós somos. Neste momento desafiador, os empreendedores podem contar com a estrutura do Sebrae, que é a 6ª maior marca do país. Destacar os projetos empreendedores de Alagoas ajuda a mover a economia, empoderar pessoas e inspirar. Esta premiação representa a mistura de todo o nosso potencial num ambiente com mais de 190 mil empreendedores”, assinala.

De acordo com a gerente de Comunicação do Sebrae Alagoas, Fabrícia Carneiro, o prêmio completa 10 anos reconhecendo uma profissão que, numa era tecnológica, nos aproxima de ser humano, tendo uma função social de trazer mais equidade, construir pessoas mais preparadas, cidadãos formados e conscientes através da boa informação.

“Para o Sebrae, é essencial valorizar o jornalismo que fala do pequeno negócio. Este é um momento para celebrar a causa do empreendedorismo, que vem ganhando a atenção da imprensa em Alagoas, tanto que, no Nordeste, Alagoas foi o 2º com maior número de trabalhos inscritos: 68 matérias, áudios, fotos e vídeos atenderam aos critérios de qualificação, ficando atrás apenas de Sergipe, e concorrem tanto à etapa local quanto ao Prêmio Sebrae de Jornalismo com matérias de todo o Brasil. Dar voz aos empreendedores rende boas histórias para serem contadas”, avalia

O diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages, lembra que a etapa alagoana deste ano registrou recorde de inscrições, o que mostra a força do jornalismo e como a imprensa tem se adaptado aos novos tempos. “Os jornalistas têm um grande desafio neste tempo de tanta incerteza e velocidade da informação, mas vemos aqui uma mostra da capacidade analítica de gerar informação com a inteligência humana. Essa presença super qualificada, ajudando a mostrar de canto a canto quem empreende, contando essas histórias, produzir informação relevante e de alta qualidade. Os jornalistas revelam a cada dia, a cada oportunidade, uma Alagoas que está mudando”, frisa.

Keylle Lima, diretor-técnico do Sebrae, afirma que o jornalismo também é empreendedorismo, tanto que vários dos concorrentes na premiação são veículos independentes e de pequeno porte. “Este é um dia para celebrar a importância de presenciar a realidade do pequeno negócio, o desafio e o poder de transformação. Quero parabenizar a força, a garra e a determinação de cada profissional da imprensa que busca entender e retratar o pequeno negócio no dia a dia”, salienta.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), Alexandre Lino, criar e manter este Prêmio é uma importante iniciativa que valoriza profissionais que tanto se dedicam todos os dias contando histórias e ajudando a população a tomar decisões. “Com o Prêmio Sebrae, os jornalistas contaram histórias de empreendedores que contribuem decisivamente no crescimento econômico de Alagoas. Em resumo, é uma estratégia do tipo ganha-ganha e a população é a principal beneficiada”, defende.

Além da entrega dos prêmios, os analistas do Sebrae que atendem às demandas de clientes e colaboram com a imprensa foram homenageados: Ana Madalena Sandes, Anissélia Nunes, Érica Pereira, Henrique Soares e Marina Gatto. Eles receberam uma escultura do artista popular Yang, da Ilha do Ferro, conhecido por seus bailarinos esculpidos na madeira.

Uma performance artística homenageou quatro regiões de Alagoas: Baixo São Francisco, Agreste, Sertão e Lagoas e Mares, representando as quatro agências do Sebrae, em Penedo, Arapiraca, Delmiro Gouveia e Maceió.

Vencedores

Dos 68 trabalhos inscritos e classificados por profissionais do jornalismo que atuam em Alagoas, 8 foram escolhidos como os melhores desta edição, mas todos ainda podem ser premiados nacionalmente, mesmo não tendo sido escolhidos na premiação local, com o Prêmio Empreendedorismo Social.

Na categoria texto foram inscritos 35 trabalhos. O 1º lugar foi do jornalista Gilson Monteiro, do portal TNH1, com a matéria “Afroempreendedorismo: Que negócio é esse?”. “Eu sabia que o afroempreendedorismo tinha um fundo social, mas só entendi a grandiosidade ao fazer a matéria e conhecer mais a fundo o trabalho da rede Cenafro, do Studio AfroYalla e do Coletivo Nosso Ilê”, afirma o vencedor.

O 2º lugar na categoria texto foi dos jornalistas Karina Dantas, Graziela França e Gabriel Moreno, da Agência Tatu de Jornalismo de Dados, que produziram a matéria “Patroas: mulheres representam 45% dos microempreendedores individuais no Nordeste”. “Estamos muito felizes com esta premiação. Queremos agradecer pela oportunidade dada pelo Sebrae e à Agência Tatu por todo o incentivo”, resume Karina Dantas.

Já a categoria Áudio recebeu 7 inscrições. O 1º lugar ficou com a jornalista Géssika Costa, do Podcast De Olho no Empreendedorismo Alagoano, com a matéria “Empresárias do Empoderamento: Alagoas vive boom de salões para cabelos afro”. “Precisamos preservar o poder de nunca perder a sensibilidade e passar essa sensibilidade para os nossos textos. Hoje, finalmente as mulheres podem contar com profissionais e produtos que destacam nossa negritude, reforçando quem somos e nossas raízes”, aponta Géssika.

O 2º lugar foi para Mary Landim, com o trabalho “Empreendedorismo Social em Rede”, no Podcast Fala aí, Landim!. “Estou muito feliz com meu primeiro prêmio. É um sonho realizado. Eu acredito no jornalismo e no empreendedorismo social desde a adolescência e falar deste ambiente me traz muita alegria, porque o caminho é árduo, mas traz resultados”, reconhece.

A categoria Fotojornalismo também teve 7 inscritos. O 1º lugar ficou com Itawi Albuquerque, Eberth Lins e Maria Maciel, do TNH1, que recebeu título de “Moldadas pelo Barro”. “Quero parabenizar todos os repórteres fotográficos de Alagoas e os amigos que participaram comigo neste trabalho. Sebrae, gratidão por essa iniciativa de reconhecer nosso trabalho. Colocar em pauta o microempreendedorismo é colocar o Brasil para a frente”, reflete Itawi Albuquerque.

Já o 2º lugar foi de Graziela França, da Agência Tatu de Jornalismo de Dados, com imagem que ilustrou a matéria “Patroas: mulheres representam 45% dos microempreendedores individuais no Nordeste”. Ela foi representada pelo jornalista Lucas Maia, diretor de tecnologia da Agência Tatu. “É importantíssimo esse trabalho do Sebrae com os pequenos negócios. A Tatu é um pequeno negócio que já contou com o Sebrae em etapas cruciais de concepção, implantação e desenvolvimento da empresa. Em Alagoas temos diversas boas histórias de empreendedorismo para contar”, assegura.

A categoria Vídeo teve 19 inscrições. O 1º lugar foi alcançado pelos jornalistas Lucas Araújo, Marcelo Moreno, Manoel Salviano, Roberto Rocha e Fernando Moura, da TV Ponta Verde, com a matéria “Moeda local impulsiona negócios e muda realidade de moradores do Vergel do Lago”.

Marcelo Moreno falou da importância deste trabalho. “A ideia da pauta foi do Lucas [Araújo] e deu bastante trabalho para produzir. Ficamos muito felizes com este reconhecimento, porque não é fácil, são muitos desafios e realmente colocamos toda a fé no que fazemos. Essa matéria tratou de uma iniciativa no Vergel que movimenta a economia dos pequenos negócios da região e mudou a vida de muita gente”, analisa.

O 2º lugar saiu para os jornalistas Renata Pais, Bruno Protásio, Vasni Soares, Alberto Santos e Ivan Lemos, da TV Pajuçara, com a reportagem “Terra seca dá espaço a criatórios de camarão, que levam emprego e riqueza ao sertão alagoano”. Ivan Lemos, que era recém-chegado à TV Pajuçara quando editou o material produzido pela equipe, conta os desafios. “O material era muito bom, mas bem extenso. Ficamos felizes com o resultado e agora ainda mais com esta premiação. Aqui vemos a relevância que tem o trabalho jornalístico, mostrando que a realidade do sertanejo pode ser mudada com o empreendedorismo sustentável”, avalia.

A celebração foi encerrada com o vídeo publicado nesta matéria, editado e exibido em tempo recorde, logo após a premiação. A comemoração ainda teve o show da cantora Naná Martins, que se apresentou acompanhada por seu grupo, composto só por mulheres.

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