O peixe-leão (Pterois volitans) e o coral-sol (T. coccineaT. Tegusensis) voltaram a ser destaque em uma reunião crucial entre o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O motivo é o risco que essas espécies invasoras representam para a biodiversidade costeira marinha alagoana.

Durante o encontro, as instituições planejaram ações conjuntas, levando em consideração pesquisas da Ufal sobre o impacto do peixe-leão e do coral-sol. Essas espécies não nativas do Brasil demandam atenção devido à sua capacidade invasora, prejudicando não apenas o ecossistema, mas também apresentando riscos à saúde humana.

"Esses animais possuem uma capacidade muito maior do que as espécies nativas de se espalharem pelo ambiente. O peixe-leão, com seus espinhos venenosos, apresenta riscos para turistas, pescadores e mergulhadores, além de afetar animais marinhos como predador em potencial. Já o coral-sol, por sua reprodução constante durante o ano, gera um desequilíbrio nos ambientes recifais", alerta Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA.

A reunião buscou unir conhecimentos e transformá-los em informações acessíveis à comunidade, especialmente pescadores, colônias de pesca, empresas de mergulho e turismo. O foco é ampliar a conscientização sobre os riscos e o manejo adequado dessas espécies.

"A partir da divulgação, inicia-se o trabalho da educação ambiental, desenvolvendo ações em conjunto com o projeto Cultiva Coral, do IMA, e também focando no combate ao coral-sol e ao peixe-leão", destaca Cynira França, analista ambiental do Ibama.

É crucial ressaltar que essas espécies não devem ser manuseadas sem preparo. Caso identificadas, os órgãos ambientais devem ser acionados. O IMA está disponível no WhatsApp pelo número 82-98833-9407 e pelo telefone 82-3512-5999. O Projeto de Caracterização Regional da Bacia (PCR) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) também possuem um canal de informação sobre a bioinvasão, contatável pelo número (81) 99654-5863. O engajamento da população é essencial para preservar a rica biodiversidade marinha de Alagoas.

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