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Após referendo, Maduro reforça estratégia com visita à Rússia e Brasil oferece apoio ao diálogo
Após o referendo que indicou a vitória do "sim" para a anexação da região de Essequibo, pertencente à Guiana, pelo governo venezuelano, a incerteza paira sobre os próximos passos. Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela, afirma que essa é a "primeira etapa" para a luta pelo território que considera seu. No entanto, analistas destacam que a movimentação de Maduro pode ser uma estratégia para desviar a atenção da crise política e econômica no país, visando as eleições em 2024.
Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), "o referendo é simbólico e uma manobra clássica para inflamar o nacionalismo antes das eleições de 2024". Opositores, cientes do risco de críticas à estratégia de Maduro, encontraram-se apoiando o ditador nesse aspecto específico.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, 95% da população votou "sim". Elvis Amoroso, presidente do órgão, informou que 10,5 milhões de pessoas participaram, uma adesão considerada baixa em uma população eleitoral de 20,7 milhões.
Diante da crise econômica e concessões feitas por Maduro para a participação da oposição nas próximas eleições, o regime busca meios para fortalecer sua posição, conforme avalia o professor Leonardo Trevisan, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). "O plebiscito desempenhou o papel de mobilizar a população, usando a existência de um inimigo externo como fator de mobilização" disse.
A possibilidade de uma guerra iniciada por Caracas para anexar Essequibo é considerada pequena, mas a recente visita de Maduro à Rússia para falar com Putin aumentou a tensão. Os Estados Unidos anunciaram exercícios militares na Guiana na última quinta-feira (7). O Brasil, preocupado, enviou reforços à fronteira que une Brasil, Guiana e Venezuela.
Neste sábado (9), o presidente Lula recebeu um telefonema de Nicolás Maduro, durante a ligação, o presidente brasileiro expressou sua disposição para apoiar o diálogo e evitar um conflito armado.
*Revista Oeste
*ICL Notícias
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